7/4/2016 13:21

Tite ganhou status de Guardiola no futebol brasileiro, diz Carlos Cereto

Jornalista afirma que técnico do Corinthians deveria adaptar seu esquema tático aos jogadores, e não o contrário, e crê que treinador pensa muito no time de 2015

Tite ganhou status de Guardiola no futebol brasileiro, diz Carlos Cereto
Tite orienta o Corinthians no empate com o Santa Fe (Foto: Fernando Vergara/AP Photo)

O Corinthians ficou no empate por 1 a 1 com o Santa Fe, nesta quinta, pela Libertadores, e segue na liderança do Grupo 8. Apesar do resultado, conquistado em Bogotá, contra o atual campeão da Copa Sul-Americana, o chefe de jornalismo do SporTV, Carlos Cereto, não aprovou a atuação do Timão. Na sua opinião, o técnico Tite não deveria insistir no mesmo esquema, vencedor em 2015, com um elenco diferente.

- Eu adoro o Tite como pessoa e como técnico. Sem dúvida nenhuma, ele é o melhor técnico do Brasil hoje e merecia estar na seleção brasileira. Mas o Tite virou quase um Guardiola para os jornalistas brasileiros. O Tite pode errar a alteração, pode ser engolido, como foi pelo Cuca, no jogo contra o Palmeiras, que ninguém fala nada.
Ninguém admite erros do Tite. Será que o Tite tem que insistir tanto no 4-1-4-1? O esquema no ano passado deu certo. Foi eliminado da Libertadores e do Paulista jogando bem, e foi campeão brasileiro. Mas será que não tinha que ser o contrário: adaptar o esquema aos jogadores, e não os jogadores ao esquema? O Tite ganhou um status de Guardiola no futebol brasileiro - disse Cereto.

O jornalista afirma que, apesar dos problemas para remontar o elenco, é possível questionar algumas decisões do técnico do Corinthians.

- Dificilmente, ou quase nunca, o Tite é questionado. A gente sempre bota na conta que o time foi todo reformulado. É verdade, o time todo foi reformulado. Tem que ter um tempo de maturação, é verdade. Mas em nenhum momento a gente questiona o trabalho do Tite. A gente sempre parte do pressuposto que o trabalho do Tite é sempre de excelência e que vai dar certo em algum momento.

Carlos Cereto citou as contratações de Guilherme e Giovanni Augusto, para suprir as ausências de Renato Augusto e Jadson, negociados com o Beijing Gouam e com o Tianjin Quanjian, ambos da China. Na sua opinião, os reforços não têm a mesma qualidade dos jogadores que saíram.

- O Tite ainda pensa muito no ano passado. E o time acabou, o time não é mais o mesmo. Por que não mudar o esquema? O Guilherme, por exemplo, será que está na posição certa? Enquanto você pensar que o Guilherme tem que jogar como Renato Augusto, que o Giovanni Augusto tem que jogar como o Jadson, que o Bruno Henrique tem que jogar como o Ralf. As comparações acabam sendo inevitáveis. Aí, fica um negócio esquisofrênico, porque não vão jogar. São jogadores diferentes, e de qualidade inferior.


Guilherme tem feito o papel de Renato Augusto no Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)

Na opinião do comentarista Carlos Eduardo Eboli, da Rádio CBN, ao manter o 4-1-4-1, Tite mantém um padrão no Corinthians que facilita a adaptação de novos jogadores. Mesmo assim, há algumas diferenças entre os times de 2015 e 2016.

- Eu entendo o raciocínio do Tite. Quando um jogador chega ao Corinthians, ele sabe como a banda toca, como joga o Corinthians. É lógico que, em alguns momentos, as peças não vão se encaixar. Até porque ele perdeu qualidade. Não tem um Renato Augusto no Corinthians, não tem quem faça o que o Jadson fez no ano passado. O Corinthians mudou um pouco as características, mesmo mantendo o esquema tático. Mudou a maneira de jogar, não sai mais tanto pelo meio, usa mais as laterais do campo. Não tem mais essa troca de passes tão eficiente, um jogo tão bem trabalhado no meio-campo, porque perdeu qualidade.

Na opinião do colunista Carlos Eduardo Mansur, de "O Globo", o calendário sul-americano, que com a Libertadores disputada em um semestre, não permite que um técnico adapte seu esquema ao elenco.

- Imagine que o Tite fosse o treinador de um grande clube europeu e esse clube decide fazer uma remontagem, perdendo cinco ou seis jogadores titulares. A Liga dos Campeões começaria só com dois meses de trabalho. O técnico pode adaptar o esquema aos jogadores. Aqui, existe um senso de urgência. A Liberadores começa e, com um mês de temporada já tem jogo decisivo, e termina no fim do semestre. A temporada não vai crescendo de dificuldade ao longo da temporada, ela já começa em um padrão alto (...) Então, usar uma fôrma de esquema talvez seja a maneira que dá ao treinador uma maior segurança. Conceitualmente, estou com o Cereto. O normal seria adaptar o time às características táticas dos jogadores. Mas o calendário, brasileiro e da América do Sul, impõe que ele se apague a questões que dão mais segurança.


VEJA TAMBÉM
- Corinthians goleia o Fluminense e vence a primeira no Brasileirão
- Timão escalado para o jogo contra o Fluminense
- Timão escalado para o jogo contra o Argentinos Juniors









54516 visitas - Fonte: Sportv

Mais notícias do Corinthians

Notícias de contratações do Timão
Notícias mais lidas

Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui ou Conecte com Facebook.

Últimas notícias

  • publicidade
  • publicidade
    publicidade

    Brasileiro

    Dom - 16:00 - Neo Química Arena -
    X
    Corinthians
    Atletico-MG

    Sudamericana

    Ter - 19:00 - Neo Química Arena
    4 X 0
    Corinthians
    Nacional Asuncion
    publicidade
    publicidade
    publicidade