Guilherme diz ainda estar aprendendo a função passada por Tite (foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians)

Guilherme voltou a irritar boa parte da torcida do Corinthians no empate por 1 a 1 com o Santa Fe, mas cresceu com o time no segundo tempo. Foi do meia o passe para o gol de Elias, que evitou a derrota na Colômbia e deixou praticamente assegurada a classificação às oitavas de final da Copa Libertadores.

“Estou em uma função que me deixa um pouco longe do ataque. Tem gente que às vezes não enxerga futebol”, afirmou, irritado com as críticas. “Não sou o cara que jogava no Atlético, mais na frente. Mas consegui dar esse passe. Aconteceu o que eu precisava: eu fazer um passe de camisa 10, no lugar certo, na hora certa.

O jogador vem tentando desempenhar o papel que no ano passado era de Renato Augusto. No 4-1-4-1 de Tite, atua ao lado de Elias na faixa central, dividindo com ele as tarefas de marcação e armação. Ao menos em uma jogada contra o Santa Fe, a parceria deu resultado.

“Teve um lance em que consegui achar o Elias um pouco antes do gol. O domínio foi um pouco errado. Mas, na sequência, ele conseguiu o gol”, disse Guilherme, defendendo sua atuação e lutando contra as avaliações negativas com que vem convivendo.

“A única coisa que dá resultado rápido é veneno. Então, mesmo com essa impaciência, essa desconfiança dos torcedores, somos líderes do Paulista e temos uma boa campanha na Libertadores. Se falassem em janeiro que estaríamos assim agora, achariam demais. A evolução acontece a cada dia”, afirmou o meia.

Especificamente sobre sua produção, ele admitiu ainda estar se adaptando às suas tarefas. “Eu faço a função que não é a de um dez convencional. Ainda fico um pouco confuso às vezes com o que tenho que fazer. Tem um pouco de marcação, um pouco de armação. Vou mesclar esse meio-termo e render mais”, prometeu.