Lucca se posiciona para o pênalti: quatro erros do Timão em seis tentativas na temporada (Foto: Marcos Ribolli )

O Corinthians parece viver uma maré de azar quando o assunto é pênalti. Após Luciano e Romero desperdiçarem cobranças na vitória por 2 a 1 contra a Ponte Preta, em Itaquera, no meio de semana, foi a vez de Lucca perder uma oportunidade no clássico diante do Palmeiras, em grande defesa de Fernando Prass. Logo após o lance, o rival chegou ao gol com Dudu, garantindo a vitória por 1 a 0 neste domingo, no Pacaembu.

Durante a semana, o Corinthians treinou pênaltis ao término de todos os seus treinamentos. No reconhecimento de gramado feito na sexta-feira, até Cássio se arriscou em uma cobrança, obviamente em momento de descontração. Estava definido, porém, que Lucca bateria por conta do seu bom aproveitamento nas atividades.

– Mas significa que não está sendo suficiente, temos de treinar mais para a bola entrar. Treinei, bati e se tiver outra oportunidade, bato de novo – disse ele, com personalidade.
Nossa equipe está treinando, é mais mérito dos goleiros. Hoje eles têm uma facilidade muito grande de observar os batedores, de analisar o material nosso, o que acaba facilitando para eles
Giovanni Augusto, sobre o pênalti perdido por Lucca no clássico deste domingo
O atacante do Timão já tinha batido e convertido um outro pênalti na temporada, no empate por 2 a 2 contra a Ferroviária, também pelo Paulistão. Em outros dois lances, o Timão teve resultados opostos: Rodriguinho perdeu cobrança diante do XV de Piracicaba, e Giovanni Augusto fez contra o Cerro Porteño. Ou seja, em seis chances, o time marcou apenas duas vezes em 2016.

Giovanni Augusto, aliás, deu méritos a Fernando Prass pela defesa do pênalti. Ele seria escolhido como batedor caso Lucca e André não estivessem em campo.

– Nossa equipe está treinando, é mais mérito dos goleiros. Hoje eles têm uma facilidade muito grande de observar os batedores, de analisar o material nosso, o que acaba facilitando. Temos de trabalhar mais ainda para ganhar confiança e, na hora do jogo, fazer o gol – opinou.

O técnico Tite também deu crédito a Fernando Prass, que na semifinal do ano passado defendeu cobranças de Elias e Petros, levando a equipe alviverde para a final do Paulistão.

– Pênalti são dois aspectos: técnico e emocional. Hoje, Prass foi muito bem. A bola era no canto baixo, iria na bochecha (da rede). Me dói isso, falo com amargo. Mas tenho que ter o discernimento para dizer: ele foi muito bem – analisou o treinador.

O Corinthians volta a treinar na manhã de segunda-feira e, durante a tarde, embarca para Bogotá, na Colômbia. Na quarta-feira, a equipe visita o Santa Fe, pela Libertadores.