23/3/2016 21:12

Após Lava Jato, oposição corintiana aperta o cerco sobre dívida da Arena

Após Lava Jato, oposição corintiana aperta o cerco sobre dívida da Arena
Em reunião na noite desta quarta-feira (23), a oposição do Corinthians decidiu tomar uma posição sobre as questões envolvendo as investigações da Arena, a Caixa Econômica e a negociação envolvendo o volante Ralf.

Os membros da oposição divulgaram uma carta oficial, em que pedem esclarecimentos sobre os três casos “com a maior objetividade possível”.

A reunião aconteceu na casa do ex-vice-presidente do clube Antonio Roque Citadini. Participaram do encontro cerca de 30 conselheiros do Corinthians, entre eles, os ex-presidentes Waldemar Pires e Marlene Matheus.

Confira a nota completa:

Aos respectivos Presidentes do Conselho Deliberativo e do Conselho de Orientação do Sport Club Corinthians Paulista.

Nós, da oposição à atual administração, em conjunto com conselheiros, sócios e a coletividade corintiana vivemos um momento de intensas preocupações com os fatos e as notícias trazidas a público nos últimos dias.

A saber:

A questão do estádio, dos seus custos e das suas formas de pagamento, bem como sua citação por membros do Ministério Público e da Polícia Federal, que conduzem a operação Java Jato;
A informação de que o Corinthians deixou de renovar patrocínio com a Caixa Econômica Federal, por conta da existência de contrato conflitante, com empresa da área de apostas e jogos de cassino;
As circunstâncias incomuns oriundas da venda do jogador Ralf.
Corintianos, que somos, e preocupados com nossa agremiação e com seu futuro, dirigimo-nos aos Presidentes do Conselho Deliberativo e do CORI para propor o seguinte:

1 – Quanto ao estádio e à questão da Lava Jato

Torna-se imperioso que os órgãos diretivos do Clube instituam uma comissão para acompanhar as discussões e auditorias que estão sendo realizadas para determinar o exato tamanho da dívida do estádio.

A correta fixação do valor de custo do estádio é de grande importância para o Corinthians e cremos que a mesma deve ficar próxima dos valores inicialmente pactuados, visto que algumas das alterações vem tendo seus números contestados pelos próprios arquitetos envolvidos na obra. É importante para o Clube que tal comissão acompanhe estes trabalhos de auditoria, reforçando a determinação para se chegar a um valor justo e acima de qualquer questionamento.

2 – Quanto ao rompimento do patrocínio com a Caixa Econômica Federal

É primordial, especialmente num momento de crise financeira para o Clube e para o país, que seja oficiada a diretoria para esclarecer os exatos termos da contratação com empresa de apostas, concorrente da Caixa, que teria levado a instituição bancária a se desinteressar pela renovação do patrocínio do Corinthians, tendo em vista que este correspondia a uma grande fonte de receitas para o Clube. Destaque-se que, em se tratando de organização de consolidado prestígio na área bancária, é inoportuno trocar o patrocínio da Caixa, em favor de uma empresa pouco conhecida e de segurança jurídica questionável.

3 – Quanto à venda do jogador Ralf

As notícias mostram um imbróglio, sem qualquer esclarecimento preciso por parte da direção sobre a transferência do jogador. Cremos que, neste caso também, deve ser instituída uma comissão para esclarecer cabalmente o ocorrido.

É sabido que, em nossa opinião, dever-se-ia encerrar todas parcerias com empresários. Sempre que há contratações ou transferências de jogadores, os ditos “parceiros” atormentam e sangram financeiramente o Clube. Para o Corinthians esta política de “parcerias” tem gerado somente prejuízo, ou quando muito, lucro insignificante.

Estes três pontos citados necessitam ser esclarecidos com a maior objetividade possível. O caso específico do estádio e de sua grave citação na Operação Lava Jato merece rápida e clara posição do Corinthians, de forma a apoiar a investigação do Ministério Público e da Polícia Federal. É necessário colocar à disposição das autoridades todos os números, contratos e demais dados referentes a esta questão.

Igualmente, devemos destacar que qualquer menção a dirigentes e funcionários do Corinthians devem respeitar o direito à defesa, dando a todos a oportunidade de elucidar o que for apontado pela investigação, sem julgamentos prévios e sem comodismo com os eventuais erros praticados.

É inegável que sem superar, de imediato, os graves problemas aqui apresentados, torna-se extremamente difícil a negociação dos Naming Rights.

É obrigação, dever mesmo, de uma oposição responsável nos momentos em que o Clube encontra-se exposto de maneira de tão negativa junto à sua torcida e às autoridades do país manifestar-se e exigir esclarecimentos da Diretoria. É o que estamos fazendo.


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