Conforme antecipou a Gazeta Esportiva há cerca de duas semanas, a CPI que trata sobre as torcidas organizadas vai remanejar seu calendário para receber, na Câmara Municipal de São Paulo, os líderes das principais torcidas organizadas dos quatro grandes. Os presidentes dos clubes, no entanto, não deverão comparecer à reunião de quinta-feira como era planejado.

Em contato telefônico com a reportagem na manhã desta terça, o vereador Laércio Benko (PHS), que preside a CPI das Torcidas Organizadas, confirmou que repensou o convite aos clubes por uma questão burocrática. Em caso de negativa, um novo requerimento precisaria ser produzido, o que atrasaria todo processo investigativo da CPI.

Porém, mostrou-se comprometido a buscar uma data comum para conversar com Paulo Nobre, do Palmeiras; Roberto de Andrade, do Corinthians; Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, do São Paulo; e Modesto Roma Júnior, do Santos.

“Como está faltando pouco tempo para terminar a CPI, a gente evitou problemas. Se a gente convida e a pessoa não vem, tenho que fazer uma outra carta e isso atrasa o processo. Ainda vamos verificar a questão dos presidentes e marcar uma data que seja bom para todos”, comentou.

Na reunião programada para as 11 horas (de Brasília) de quinta-feira, a comissão parlamentar terá por objetivo discutir a agressão a Rodrigo de Azevedo Lopes Fonseca, presidente da Gaviões da Fiel, sofrida no último dia 3. De posse de informações que constam na imprensa, a CPI tentará desvendar a emboscada que já teve a autoria atribuída às torcidas Mancha Verde e Independente.

Membros como Anderson Nigro, atual presidente da Mancha Verde; e Ricardo Maia, presidente da Torcida Independente, estarão presentes na discussão. Marcelo Moises Moura Lima, da TUP; Fábio Fagundes, da Camisa 12; Denis de Almeida, da Torcida Jovem do Santos; Flávio Guile, da Leões da Fabulosa; e André Azevedo, da Dragões da Real, também marcarão presença.