Desabamento causou duas mortes no estádio do Corinthians (Foto: Adriano Lima/Brazil Photo Press/Agência Estado)

A Justiça de São Paulo recebeu denúncia do Ministério Público Estadual e transformou em réus seis pessoas pelas mortes de Ronaldo Oliveira dos Santos e Fabio Luiz Pereira, vítimas de um acidente com um guindaste durante a construção da Arena Corinthians, em 2013.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, quatro dos acusados trabalham para a construtora Odebrecht, enquanto os outros dois são funcionários da Locar, empresa terceirizada para operar o guindaste.

Eles foram indiciados por causar desabamento combinado com resultado de morte. A pena prevista é de um a quatro anos de prisão, se forem condenados.

Foram denunciados os engenheiros Frederico Marcos de Almeida Horta Barbosa e Márcio Prado Wermelinger, o técnico Gilson Guardia e o encarregado Valentim Valeretto, da Odebrecht, além do operador de guindaste José Walter Joaquim e o supervisor de equipamentos Leanderson Breder Dias, da Locar.

Uma perícia feito pelo Instituto de Criminalística que apontou falha na compactação do terreno como causa do acidente foi usado como base para a denúncia do Ministério Público.

Na defesa preliminar, a Odebrecht responsabilizou os funcionários da Locar pelo acidente – eles teriam, segundo a construtora, prosseguido com a operação mesmo percebendo sua "criticidade". Além disso, a empresa aponta que eles tiverem tempo de abortar a ação ou ordenar para que a área fosse evacuada, o que não fizeram.

A Locar, por outro lado, afirma que dois laudos demonstram que o solo causou o desabamento, o que responsabilizaria a Odebrecht.