Beltrán comemora um dos gols marcados na vitória do Cerro sobre o Corinthians (Foto: Reuters)
Acostumado a ter uma defesa sólida desde a chegada do técnico Tite, no início do ano passado, o Corinthians revê nesta quarta-feira o único adversário que conseguiu fazer três gols na zaga alvinegra no mesmo jogo em 2016. Por isso, a estratégia está montada para conter o Cerro Porteño nesta quarta-feira, às 21h45 (horário de Brasília), pela quarta rodada do Grupo 8 da Taça Libertadores.
A principal preocupação é com o artilheiro Guillermo Beltrán, autor de dois dos três gols paraguaios na vitória do Cerro por 3 a 2, em Assunção, quarta-feira passada. Aos 31 anos, ele é o goleador do Cerro em 2016, com quatro gols marcados em apenas sete jogos.
Beltrán foi um dos três titulares poupados na partida do fim de semana contra o Deportivo Capiatá, pelo Campeonato Paraguaio. Ele, o zagueiro Victor Mareco e o volante/lateral Carlos Bonet são os mais velhos do time, e por isso foram preservados pelo técnico César Farías.
Isso significa que o centroavante vai enfrentar o Corinthians com as pernas descansadas. Má notícia para Felipe e companhia. O zagueiro, principalmente, sofreu com a qualidade de Beltrán na bola aérea – ele tem 1,83m – e também na movimentação ao redor da área.
– É um jogador brigador, no momento não cheguei a ver a bola, ele me surpreendeu um pouco. Depois o time estava exposto. Sabemos que não é desculpa, corrigimos e vamos fazer tudo o que estamos fazendo no ano. Aquele foi um jogo à parte – afirmou Felipe.
O Cerro confia muito na bola aérea para vencer o Corinthians mais uma vez. No jogo da semana passada, foram 13 cruzamentos e 25 lançamentos tentados na área. O Timão, para efeito de comparação, cruzou nove vezes e lançou outras 17.
Felipe e Balbuena participam de treino no CT Joaquim Grava(Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)
Beltrán se movimenta bem perto da área, mas é efetivo mesmo quando está perto do gol. O primeiro deles, de cabeça, teve um ótimo senso de posicionamento e antecipação. O paraguaio saiu às costas de Felipe e tomou a frente justamente quando a bola cruzada por Luis Leal estava na pequena área.
– Temos de tirar cruzamentos, tirar infiltração e ter mais contato com ele também. É um cara muito forte, bom de bola aérea. É ter sobra também, evitar que ele conclua em gol – receitou Felipe.
Criticado por ter falhado nos dois gols de Beltrán, o zagueiro não tem 100% da culpa. A ideia de Tite é subir a marcação e evitar a jogada em seu início, nos meias e nos atacantes de lado – neste ponto, Luis Leal e Sergio Diaz, meia de apenas 18 anos, vão receber atenção especial.
Se a estratégia der certo e o Corinthians não sofrer gols, o caminho da vitória fica mais tranquilo. Com seis pontos em três partidas, o Timão sabe que o resultado desta quarta é fundamental para as pretensões de Tite e seus comandados na Libertadores.