5/3/2016 17:42

CBF elogia aprovação do uso de vídeo e espera liberação da Fifa para agosto

Entidade máxima do futebol deseja fazer testes apenas em 2017, mas presidente da Comissão de Arbitragem, Sérgio Corrêa, está disposto

CBF elogia aprovação do uso de vídeo e espera liberação da Fifa para agosto
Da esquerda para a direita: Manoel Serapião, autor do projeto "Árbitro de vídeo", da CBF, Lukas Brud e David Elleray, da International Board, e Sérgio Corrêa, em reunião em Londres no último dia 23 de fevereiro (Foto: Divulgação/CBF)

O Campeonato Brasileiro de 2016 começa em maio, mas a grande novidade desta edição deve surgir apenas em agosto. Após a decisão da Fifa de liberar o uso do vídeo em lances duvidosos no futebol, a CBF espera a permissão para fazer os testes após as Olimpíadas. O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Corrêa, aguarda o documento da International Board (IFAB) com o cronograma oficial elaborado. No entanto, diz que a CBF já está preparada para a implementação neste ano.

Nos reunimos em Londres, pedimos para tentar iniciar os testes em maio, mas entenderam que não seria possível. Pelo que nos foi passado após essa reunião, a IFAB quer fazer uma ampla divulgação, trabalhar com calma, treinar os instrutores e árbitros, explicar para os clubes e torcida. Mas estamos dispostos a acelerar esse processo e tentar para agosto. Pelo que foi divulgado, a intenção da Fifa é fazer os testes somente a partir do ano que vem. Temos que aguardar o documento da Fifa com as orientações – declarou Sérgio.

Segundo Corrêa, o projeto idealizado pela Fifa, chamado de Video Assistant Referees (Árbitro assistente de vídeo, em português), é inspirado no “Árbitro de vídeo”, proposta criada pelo ex-juiz e atual diretor técnico da Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, Manoel Serapião Filho. A entidade máxima do futebol apenas acrescentou alguns detalhes e estipulou mais regras. O primeiro pedido da CBF à International Board para o uso de vídeo na arbitragem ocorreu em setembro do ano passado, mas a IFAB vetou. Após o veto, o secretário-geral da instituição, Lukas Brud, disse, em entrevista ao GloboEsporte.com, que levaria o projeto para votação.

A CBF já levantou custos, fez estudos com empresas de tecnologia de imagens que trabalham em outros esportes e estimou que precisa de um orçamento entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões para implantação da estrutura técnica em todos estádios da Série A, com até oito câmeras específicas exclusivas para o árbitro de vídeo. Entre os próximos dias 15 e 17 de março, a Comissão de Arbitragem, já com o cronograma da Fifa em mãos, reunirá os árbitros e assistentes e dará detalhes sobre seus planos.

– Já estamos com tudo engatilhado. Se fosse liberado para maio, teríamos que acelerar o processo, mas já estamos preparados. Temos que escolher um grupo de árbitros e grupo de assistentes, ter um treinamento específico e escolher bem quais serão essas pessoas que atuarão como árbitro de vídeo. Temos reunião já agendada de 15 a 17 no Rio para preparar toda essa situação técnica. A própria CBF já procurou várias empresas, fizemos reuniões informais para tratar do assunto da geração de imagens. Vamos fazer em todos os estádios.

DETALHES DO PROJETO

O recurso do vídeo será permitido somente em quatro ocasiões: para determinar se um gol foi marcado, em casos de expulsão, marcações de pênalti e para identificar um determinado jogador, caso haja suspeita de punição equivocada a um atleta. A tecnologia não servirá para lances de impedimento, a menos que seja uma clara situação de gol. Segundo Corrêa, técnicos, jogadores ou qualquer membro de comissão técnica não poderão requisitar a revisão de um lance. A decisão partirá apenas do árbitro principal.

– Em campo, ninguém pode fazer indagação ao árbitro. Somente o árbitro central pode pedir revisão. Nenhum jogador, nem treinador, ninguém pode pedir o uso de vídeo. Os assistentes podem recomendar ao árbitro, mas também não podem pedir. Outra coisa que foi bem colocada pela IFAB e pela Fifa é que o assistente técnico e o árbitro de vídeo não poderiam receber o áudio das imagens. O árbitro de vídeo teria, em tese, o mesmo olhar do juiz principal, mas com vantagem do corte – avaliou Sérgio.

O experimento será feito da seguinte forma: haverá um assistente com acesso aos vídeos e, caso o árbitro o chame em lances duvidosos, ele vai parar para assistir aos replays. Ele terá poder também de chamar o juiz, caso o mesmo não tenha observado alguma determinada infração. Os órgãos responsáveis ainda vão escolher uma universidade para conduzir o experimento.

A preocupação da Fifa e das demais entidades que administram o futebol é não alongar ainda mais o tempo das partidas. A CBF ainda estuda como fará a escala e a remuneração dos árbitros de vídeo. Mas prevê menos reclamações.

– Não temos dúvidas da evolução que o projeto proporcionará ao futebol – opinou Sérgio Corrêa.


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