Ao término da 6ª Rodada trouxemos aqui números do Paulistão que indicavam o prejuízo de algumas equipes com seus jogos como mandantes. Nessa lista, até o São Paulo entrou, como o mais prejudicado em termos financeiros. Quem não tem passado por esses problemas é a Federação Paulista de Futebol (FPF), que já faturou mais de R$1,2 milhão com suas taxas e apenas perde para Corinthians e Palmeiras na arrecadação com as bilheterias.
Das 69 partidas realizadas até aqui na competição, 28 terminaram com renda líquida negativa. Em uma matemática rústica, daria para dizer que a acada dez jogos, quatro dão prejuízo.
Nos boletins financeiros de cada duelo estão indicadas as despesas que são descontadas da receita bruta. Duas delas vão para as mãos da FPF.
A primeira é uma taxa fixa de 5% sobre a renda bruta, independente do mandante. A outra, cujo nome era Fundo de Manutenção e Modernização dos Estádios de Futebol do Estado de São Paulo, e passou a se chamar Fundo de Valorização e Desenvolvimento do Futebol Paulista, – a partir da Resolução 042/96, de junho de 2015 – tira 2% da renda bruta quando os mandantes são Corinthians, Palmeiras, Santos ou São Paulo, e 1% quando o dono da casa não é um desses grandes citados.
Assim, a FPF fatura 7% em cima dos jogos mandados pelos grandes e 6% em cima das partidas mandadas pelos “pequenos”. Isso gerou para a entidade um total de R$1.221.819,14, faturamento maior em bilheteria do que todos os clubes do campeonato, com exceção de Corinthians e Palmeiras. Veja a tabela:
FPF em destaque no ranking de rendas líquidas do Paulistão
Mas aí o leitor pode falar: “Poxa, mas você está comparando com as rendas líquidas de cada clube, se fosse com as rendas brutas seria diferente”. Pois é, faz sentindo na teoria, mas na prática não é assim que tem acontencido. Se pegarmos as receitas de cada um sem os descontos, teremos a arrecadação da FPF somente atrás de Corinthians e Palmeiras, novamente. Confira na tabela:
FPF em destaque no ranking de rendas brutas do Paulistão
Vale destacar que os casos de Corinthians e Palmeiras são exceções dentro do campeonato. Não tivessem suas novas Arenas e o sucesso dos planos de sócio-torcedor, talvez os números fossem outros, abaixo do arrecado pela FPF até o momento.