22/2/2016 07:50

Análise: erros individuais e qualidade da Ferroviária quase derrubam Timão

Com apenas dois desfalques (Felipe e Elias), Corinthians sofre para arrancar empate e manter sua invencibilidade na temporada; equipe de Araraquara surpreende

Análise: erros individuais e qualidade da Ferroviária quase derrubam Timão
Em seus cinco primeiros jogos oficiais na temporada, contando Paulistão e Libertadores, o Corinthians só havia levado um gol (na vitória por 2 a 1 sobre o Capivariano, em Itaquera). Em Araraquara, levou dois da Ferroviária. E poderia ter levado pelo menos outros dois no fim. Deu sorte e voltou com um bom empate em 2 a 2, resultado que mantém sua invencibilidade em 2016.
Tite mandou a campo o que tinha de melhor. Dos titulares, só Felipe e Elias tiveram de ser poupados, por conta de desgaste físico. De resto, era a base da equipe que havia vencido seus cinco jogos anteriores. Então, por que o Timão não venceu?
Por dois motivos: erros individuais e a surpreendente qualidade do time de Araraquara, montado pelo português Sérgio Vieira, líder do Grupo C com 10 pontos, três a mais do que o São Paulo (que tem um jogo a menos)

Os dois gols da Ferroviária saíram em vacilos corintianos. No primeiro, o jovem Maycon largou a marcação, e Juninho apareceu livre para mandar para a rede. No segundo, o próprio Juninho pegou uma sobra na entrada da área e chutou. Cássio, que estava reclamando de uma lesão na coxa esquerda, foi mal na bola e a espalmou para dentro (o goleiro ainda falharia feio depois, numa saída pelo alto).
– Tomei um gol defensável – admitiu Cássio.
Erros individuais acontecem, claro. Se ninguém errasse, todos os jogos terminariam 0 a 0. O que preocupa neste Corinthians ainda em formação é a dificuldade para sair da marcação de um adversário "elétrico". Do mesmo jeito que sofreu para vencer o Cobresal no Chile, o Timão não conseguiu encaixar suas famosas triangulações de ataque diante da Ferroviária. Não à toa, Tite disse em sua entrevista coletiva que o Corinthians "tem de saber jogar sob pressão". E isso não se resolve da noite para o dia.
Bem armado taticamente e empurrado pelo seu torcedor, o time de Sérgio Vieira mostrou qualidade e chegou a dominar o Corinthians em alguns momentos. Terminou o jogo com mais posse de bola (56% a 44%) e teve duas chances no fim para sair com a vitória. Se tivesse marcado, não só teria acabado com a invencibilidade do Timão no ano, como teria assumido a liderança geral do Paulistão – um início de campanha promissor de um clube tradicional que estava há duas décadas longe da elite estadual.
A proposta tática do Corinthians era a mesma de sempre: um volante à frente da linha de quatro defensores, com uma segunda linha de quatro recuando para fechar os espaços para o adversário. Com a bola nos pés, buscar a aproximação e o toque de bola. Uma coisa é fazer isso com Jadson e Renato Augusto no meio, além de um Vagner Love mordendo lá na frente. Outra é tentar com Rodriguinho, Romero e, principalmente, Danilo. Sem "pegada", o veterano de 36 anos não consegue ajudar tanto na marcação e na recomposição. E se o adversário não dá espaço, o meia, improvisado como "falso 9", não consegue mostrar sua qualidade tática.


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