19/2/2016 13:31
Vereador condena anistia a Corinthians, São Paulo e Palmeiras e quer pagamento das dívidas
A disputa no governo paulista pelo pagamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) por parte dos três clubes grandes do estado - Corinthians, Palmeiras e São Paulo - ganhou novos capítulos nesta semana. O prefeito Fernando Haddad (PT) autorizou a cobrança de cerca de R$ 300 milhões das agremiações relativos ao período que abrange os anos de 2010 a 2014. O chamado Trio de Ferro tenta o apoio dos vereadores para conseguir a anistia da dívida.
Na última terça-feira, parlamentares de diversos partidos, encabeçados por Nelo Rodolfo (PMDB) e Milton Leite (DEM), assinaram um projeto de lei que defende o perdão da dívida. Arselino Tatto (PT), líder do partido na Câmara, que não concorda com a anistia e apoia o pagamento do valor devido, explica a situação.
"Este debate começou a surgir nesta semana, na terça-feira, durante o colégio de líderes. Vários vereadores, de todos os partidos, apresentaram projetos de lei para anistiar as dívidas. O prefeito entrou com uma ação para cobrar estas dívidas, o que é correto. A proposta deles era a anistia, igual fizeram com as escolas de samba"?, disse Tatto, para em seguida se posicionar com veemência.
"Eu acho uma vergonha os vereadores não quererem que os clubes paguem este imposto. Eles devem R$ 300 milhões e não contribuem em nada para a cidade. Tem vereador que quer anistiar esta dívida e eu não concordo com isso. Tem que cobrar mesmo, o prefeito está correto. Eles não são melhores do que qualquer cidadão, que é obrigado a pagar o IPTU, o ISS e os demais impostos. Eles têm de ser penalizados", afirmou.
De acordo com Arselino Tatto, os clubes paulistas utilizam espaços que pertencem ao município e não pagam pelo uso. "Corinthians, São Paulo e Palmeiras devem. São Paulo e Palmeiras ainda usam o CT da Barra Funda, que é área pública, e não pagam nada. Não tem nenhuma contrapartida. Com o que eles contribuem para a cidade? Com nada. Eles vendem um jogador para a China, para qualquer lugar do mundo, ganham milhões e a Prefeitura não recebe nada em troca. Tem eventos que atraem turistas para a cidade, mas o futebol não atrai ninguém", alegou.
Caso o valor tenha realmente que ser pago à Prefeitura, a administração municipal já tem planos para usar o dinheiro, garante Arselino Tatto. "Tem muitas coisas a serem feitas. Construir creches, construir escolas, fazer asfalto na periferia, construir postos de saúde, hospitais, fazer corredores de ônibus, construir centros para a recuperação de drogados, centros para acolhimento de idosos", enumerou.
O líder do PT na Câmara dos Vereadores defende o pagamento integral da dívida, ou seja, R$ 100 milhões de Corinthians, Palmeiras e São Paulo, mas acena com a possibilidade de uma renegociação dos valores caso seja apresentada alguma compensação vantajosa para a administração municipal.
"Precisaria ver qual é a contrapartida. É uma farra, uma festa o que os clubes fazem com as áreas públicas. Mas todo mundo tem medo de tocar neste assunto, porque pode ser que percam votos. São R$ 300 milhões. Mesmo que fique sozinho na Câmara vou enfrentar este debate lá", assegurou Tatto.
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