No dia 19 de fevereiro de 1954, nascia em Belém-PA um dos maiores ídolos da história do Corinthians: Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. Se fosse vivo, o eterno camisa 8 alvinegro completaria 62 anos nesta sexta-feira (19).

Conhecido como “Doutor” – por ser formado em medicina – e “Magrão”, Sócrates jogou no Timão entre 1978 e 1984. Em seis anos, atuou em 298 partidas, marcou 172 gols e conquistou três títulos paulistas (1979, 1982 e 1983).

Dentro de campo, ficou conhecido pela classe com que jogava futebol, muito técnico e com uma característica marcante: os toques de calcanhar. Fora de campo, foi um ícone não só do Corinthians, mas como de todo o Brasil ao participar da abertura política que o país vivia na década de 1980.

Esse lado ativista o ajudou a formar, ao lado dos jogadores do Timão da época, um dos maiores movimentos da história do futebol brasileiro: a Democracia Corinthiana. Com o lema “Ganhar ou perder, mas sempre com democracia”, o movimento buscava a abertura política, descentralização do poder e a modernização da administração no clube, exatamente quando o país vivia em plena ditadura.

Sócrates morreu no dia 04 de dezembro de 2011, momentos antes de o Corinthians jogar a última rodada do Campeonato Brasileiro daquele ano, a um empate do pentacampeonato nacional. Para homenagear o ídolo, uma cena histórica: todos presentes no Pacaembu, jogadores e torcida, ergueram o punho durante o minuto de silêncio, da mesma forma como o Doutor fazia ao comemorar os gols pelo Timão.