Um dos conceitos defendidos por Tite é que deve haver ao menos dois jogadores de bom nível por posição para que a concorrência seja alimentada. O setor ofensivo é o mais aberto na remontagem do Corinthians, e o técnico tem motivos para comemorar o que tem visto no início da temporada.

O primeiro a surpreender foi Romero, antes visto como reserva dos reservas, que já marcou quatro gols e é o artilheiro alvinegro no ano. Nas duas últimas partidas, após um início ruim, quem se saiu bem foi Lucca, decisivo nos triunfos sobre São Paulo e Cobresal.

O desempenho tem atrasado a entrada dos reforços vistos como titulares – casos de Giovanni Augusto e Guilherme –, mas isso é comemorado pelo treinador. Ele insiste que precisará de todos e exige que mesmo os atletas menos utilizados no momento estejam prontos.

“Se um dia treinar baixo, você vai ser cobrado. Ele cobra. Vai chamar e dar puxão de orelha, porque é necessário jogar em alto nível. Não é fácil. Então, essa cobrança é necessária. Todos têm que estar preparados para isso”, disse Lucca, que vem obtendo sucesso ao proteger sua vaga do recém-chegado Marlone.

Já Giovanni Augusto, apesar da participação apenas regular contra o Cobresal, já ameaça o posto de Romero. Guilherme, por sua vez, tem boa chance de acabar ganhando a posição de Rodriguinho. E André, ao que tudo indica, só precisa entrar em forma para tirar Danilo do comando do ataque.

Nada disso, porém, é assegurado por Tite. Alimentar a concorrência é uma das estratégias na tentativa de acelerar o crescimento da equipe, desfeita após a conquista do Campeonato Brasileiro. Seis titulares partiram, e há pressa para que a engrenagem volte a funcionar mais naturalmente.