Estádio El Cobre, em Salvador, deixou jogadores do Corinthians satisfeitos (foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians)
Apesar dos alertas de Tite sobre a qualidade do Cobresal, a preocupação dos jogadores do Corinthians para sua estreia na Copa Libertadores era em grande parte relacionada às condições a ser encontradas em El Salvador. O estádio El Cobre fica no meio do Deserto do Atacama, a uma atitude de 2.500 metros, em uma cidade de menos de 10 mil habitantes.

“Vou te dizer que surpreendeu bastante”, disse o lateral direito Fagner. “Pelo que se dizia, por ser no deserto… A estrutura que nos foi dada foi muito boa. Conseguimos nos adaptar bem, tivemos um campo legal para jogar. Conseguimos nos adaptar rapidamente, e isso ajudou a gente a conquistar a vitória.”

A satisfação pelas condições vistas e pelo triunfo por 1 a 0, alcançado com um gol contra nos acréscimos, não mudaram a estranheza pela presença de um estádio no meio do nada, com uma capacidade maior do que o dobro da população da cidade. “São muitas montanhas, nada próximo. É um lugar totalmente isolado, comentou Fagner.

O meio-campista Rodriguinho apresentou uma visão bastante semelhante à do companheiro. “Fizeram um bicho de sete cabeças. Realmente, é um lugar um pouco estranho, mas as condições do campo são excelentes. A gente conseguiu uma boa situação para fazer futebol. Dificuldade foi a equipe deles.”

Os atletas alvinegros só admitiram alguns problemas por conta da altitude. Guilherme, que nem entrou em campo, chegou ao estádio dizendo ter se sentido mal no hotel. Melhor jogador da partida, Lucca disse que o cansaço ao longo do confronto foi ampliado pela umidade do ar.

“Lógico que a gente sente um pouco pela altura, mas isso já tinha sido passado para a gente, tínhamos que saber lidar com essa situação. O ar é um pouco seco. Às vezes, a garganta seca bastante, atrapalha um pouco. Mas a gente sabia disso e conseguiu fazer uma boa partida”, afirmou o atacante.