14/2/2016 07:39

Cinco anos após encerrar a carreira, Ronaldo lembra glórias e frustrações

Em entrevista ao

Cinco anos após encerrar a carreira, Ronaldo lembra glórias e frustrações
Ronaldo Nazário, ex-jogador (Foto: Reprodução SporTV)

Em 20 anos de carreira, Ronaldo chegou ao topo, foi eleito por três vezes o melhor jogador do mundo e conquistou dois mundiais pela seleção brasileira, glórias que ele faz questão de lembrar cinco anos após ter anunciado a aposentadoria. Foi exatamente no dia 14 de fevereiro, no ano de 2011, que o jogador decidiu deixar os gramados, fato que ganhou repercussão mundial. No "Tá na Área", o Fenômeno lembrou os grandes momentos e não deixou as frustrações de lado, como as graves lesões e a sempre lembrada véspera da decisão da Copa do Mundo de 1998, quando passou mal e, em campo, não conseguiu evitar que a França derrotasse o Brasil.

Ronaldo lembrou três episódios marcantes na seleção brasileira, um deles a "redenção" na Copa de 2002. O craque garante que não tem arrependimentos, mas lamenta não ter tido mais cuidados na prevenção de lesões - as dores foram o estopim para que decidisse se aposentar, aos 34 anos, quando defendia o Corinthians (hoje ele tem 39).

- Da minha carreira não tenho nada que eu me arrependa. Acho que me dediquei ao máximo durante 20 anos, a vida do atleta é realmente muito dura. Teria feito uns trabalhos específicos, preventivos, para o joelho. A primeira lesão veio muito repentinamente. Em 1999, depois da Copa, comecei a sentir o joelho e aquilo. Recuperei e voltou a acontecer com o joelho direito - afirmou.

Ao lembrar a Copa de 1998, Ronaldo contou que ainda é questionado sobre as horas que antecederam a partida contra a França. Apesar de ter passado mal e ter sido levado ao hospital sete horas antes da partida, ele foi direto ao estádio e foi escalado por Zagallo na decisão, vencida pela França por 3 a 0. O ex-jogador garante que estava se sentindo bem e, por isso, pediu para entrar em campo.

- Muita gente ainda pergunta e lembra. Hoje mesmo estava dando entrevista para uma revista francesa e teve essa pergunta (sobre o que aconteceu). Vi outros jogadores da época afirmar que aquilo teria sido determinante para nossa derrota, e eu discordo (...) Só não ia jogar se o médico falasse: "não tem nenhuma chance de você jogar". Uma vez que fui na clínica, fiz todos os exames, é como se eu não tivesse tido absolutamente nada naquela tarde. Falei: "Quero jogar". Cheguei, fui direto ao vestiário, já não estava mais escalado e falei: "O Zagallo vai mudar". Falei pra ele: "Vou jogar, por que você vai me tirar? " - disse, garantindo que nunca se arrependeu da decisão.

Ronaldo garante que não teve o rendimento comprometido e prefere dar méritos aos franceses pelo resultado da decisão.

- A França naquele dia foi muito superior, teve muito mais vontade, e a gente não foi brilhante como estava sendo nos outros jogos - considerou.

Redenção em 2002


Ronaldo brilhou na Copa do Mundo de 2002 (Foto: Getty Images)

No ano seguinte, o Fenômeno sofreu uma lesão no joelho direito, quando defendia a Internazionale, e começou a passar por um drama pessoal. Ficou cinco meses parado e, em 2000, após passar por uma cirurgia, retornou e sofreu outra lesão, no mesmo joelho. Questionado, foi convocado para a Copa de 2002 e deu a resposta ao ser fundamental na conquista do pentacampeonato. Ao lembrar de tudo, ele não segurou as lágrimas após marcar os dois gols na vitória por 2 a 0 sobre a Alemanha na decisão.

- Passou (pela cabeça) os dois últimos dois anos em que eu estava lá, treinando feito louco e só pensava em ficar bom do joelho, só fazia fisioterapia o dia todo, treinava muitas vezes três vezes por dia. Na final, depois da vitória, desabei. Além da vitória esportiva, foi minha vitória pessoal, foi um alívio de ter vencido naquele momento.

Frustração em 2006

Em 2006, com a experiência de três mundiais (antes de 1998 e 2002, fez parte do grupo que conquistou o tetra em 1994), Ronaldo foi chamado para disputar sua quarta Copa do Mundo. Novamente, havia uma França pelo caminho, e o Brasil parou nas quartas de final, apesar de toda a expectativa pelo hexacampeonato depositado no "quadrado mágico" formado por Ronaldo, Robinho, Kaká e Ronaldinho Gaúcho.

- Há muitas teorias sobre o fracasso. A expectativa naquela seleção, que contava com o quarteto mágico, era muito. Éramos todos jogadores experientes, que atuavam na Europa. Tivemos muitos erros naquela Copa do Mundo, inclusive de preparação, onde foi tudo muito conturbado, visita nos treinos, arquibancadas sempre cheias, era um ambiente muito difícil de controlar - avaliou.

A partir de então, o Fenômeno não foi mais chamado para defender as cores do Brasil. Então no Real Madrid, ele ainda defendeu o Milan e o Corinthians antes de anunciar a aposentadoria. Pelo Timão, conquistou a Copa do Brasil e o Paulista de 2009, e decidiu por encerrar a carreira após a eliminação precoce do clube na Libertadores daquele ano.


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