6/2/2016 10:31
Responsável pelo futebol americano no Timão, Ricardo Trigo fala sobre o Super Bowl
Além de ser o diretor do Corinthians Steamrollers, Ricardo Trigo defende a equipe nos principais campeonatos do Brasil
Snap, quarterback, linha de scrimmage, running back, field gol e touchdown. Cada vez mais estas palavras incorporam o dia a dia do brasileiro. Hoje somos mais de 27 milhões de telespectadores acompanhando a NFL. O segundo país depois dos Estados Unidos.
Neste domingo (07), na cidade Santa Clara (EUA), na Califórnia, duas das melhores equipes da temporada – Denver Broncos e Carolina Panthers – se enfrentam no maior espetáculo da Terra: o Super Bowl.
O Super Bowl tem status de maior evento televisivo do mundo. Na edição passada, foram mais de 2 bilhões de espectadores. Esta é a 50ª edição da Final, em que Lady Gaga abrirá o jogo cantando o hino nacional e no intervalo haverá um grande show do Cold Play, com participações de Bruno Mars e Beyoncé. O fato mais interessante disso tudo é que os artistas não são remunerados por isso. Fazem pelo simples fato de estarem presentes neste evento esportivo mais importante de seu país.
O retrato da NFL, a liga esportiva mais rica do mundo
Os países com grande poder econômico do nosso tradicional futebol, como por exemplo Inglaterra e Espanha, podem se surpreender pela capacidade de gerar fortuna da liga norte-americana. Enquanto essas ligas movimentam cerca de US$ 8 bilhões a cada três anos, a NFL faz este mesmo valor em apenas um evento – o Super Bowl –. A quantia é superior à de uma Copa do Mundo, que movimenta US$ 2 bilhões de quatro em quatro anos, e os Jogos Olímpicos, que giram R$ 1, 5 bilhão também de quatro em quatro anos.E de onde vem toda esta renda da NFL? Por incrível que pareça, o maior lucro não está em seus estádios lotados e na venda dos ingressos caríssimos, que custam em média, US$ 350. Vem dos direitos de transmissões televisivas. Os comerciais mais caros veiculados em todo o mundo são os divulgados durante os intervalos de jogos da NFL. Vem da venda de naming rights, que também se tornam um grande gerador de receitas, incorporando nome das mais conhecidas marcas em seus estádios. E vem também dos produtos licenciados que vão de canecas e camisas até torradeiras elétricas. O jogo acaba sendo apenas um grande “pano de fundo” para todo este negócio.
No Brasil, só vemos crescendo os números desta modalidade. As duas emissoras que são detentoras do direito de transmissão veem o número de telespectadores crescendo ano a ano. Um exemplo disso é a ESPN, que há quatro anos transmitia apenas três jogos de cada rodada e hoje chega a exibir sete dos 16 jogos. O público cresceu oito vezes de 2014 para cá. Os jogos da temporada regular atingiram 4 milhões de pessoas. Já na TV Esporte Interativa, canal aberto, atingiram 18 milhões.
Toda esta divulgação faz com que a modalidade cresça cada vez mais. A última seletiva para novos jogadores do Corinthians Steamrollers, por exemplo, recebeu 1.010 inscritos, todos atrás do sonho de jogar o futebol americano.
Hoje são aproximadamente 400 times equipados (full pads) jogando pelo Brasil. Mesmo o esporte ainda sendo amador, com a maioria dos seus atletas não sendo remunerados, o futebol americano traz um impacto positivo para nossa economia, pois através dos jogos e campeonatos movimenta mais de 20 mil atletas pelas cidades e aumenta a procura de hotéis, empresas aéreas, etc.
Nós, do Corinthians, vimos nosso quadro de atletas cada vez mais aumentar. Em 2006, éramos 16. Hoje, somos mais de 500 em oito categorias, com quatro títulos paulistas, dois brasileiros e uma Copa América.
O jogo
No domingo de Carnaval, o Super Bowl, começa às 21 horas (horário de Brasília). Entram em campo Carolina Panthers e Denver Broncos.
O Carolina Panthers é da cidade de Charlotte, na Carolina do Norte, e foi a melhor equipe da temporada regular com 15 vitórias e apenas uma derrota. Para chegar ao Super Bowl, venceu o Arizona Cardinals na decisão de sua conferência por 49 a 15.Seu quaterback Cam Newton é o grande favorito a melhor jogador da temporada por sua velocidade, agilidade, força e precisão nos passes. Este é o segundo Super Bowl que o time disputa em toda sua história.
Por outro lado, o Denver Broncos bateu o New England Patriots, time de Tom Brady, marido da modelo Gisele Bundchen, na disputa da final sua conferência. A equipe disputa pela oitava vez um Super Bowl , e foi campeão por duas vezes. O Broncos tem um dos quaterbacks mais inteligentes da NFL. Reconhecido por muitos especialistas da modalidade como um dos melhores atletas da sua geração, Peyton Manning já foi nomeado cinco vezes como MVP (melhor jogador) da temporada.
Manning tem o esporte como herança de família, pois o pai foi jogador profissional e o irmão também joga como quaterback por outro time, o New York Giants. Peyton possui todas as marcas de recordes da NFL, foi um grande garoto propaganda e este deve ser o seu último jogo. Ele possui apenas um anel de Super Bowl, que conquistou jogando pelo Indianopolis Colts. Será um duelo de gerações contra o jovem Cam Newton.
O Super Bowl poderá ser visto no Brasil através da ESPN, do Esporte Interativo e em mais de 500 salas de cinema pelo país. Comprem suas pipocas, acomodem-se em suas cadeiras e esperem uma final eletrizante.
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