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A proximidade de horário e geográfica das partidas de Corinthians e Palmeiras nesta quarta-feira preocupam a Polícia Militar. Pelo Campeonato Paulista, a equipe alvinegra entrará em campo às 19h30 contra o Audax, no estádio José Liberatti, em Osasco. Uma hora e meia depois o time alviverde enfrentará o São Bento, no Pacaembu, em São Paulo.
Há uma recomendação antiga da PM para que as partidas entre os grandes não sejam agendadas na mesma cidade no mesmo dia. A sugestão vale também para casos em que as cidades sejam próximas - neste caso a distância entre os estádios é de 17 km.
O motivo da recomendação é para não sobrecarregar os oficiais da PM e evitar riscos à segurança dos torcedores organizados, comuns e até mesmo da população.
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Torcedores do Corinthians escoltados pela PM no último clássico com o Palmeiras
A PM confirmou à reportagem que houve um reforço nas medidas de segurança que serão tomadas nesta quarta-feira. Além dos oficiais acompanharem o deslocamento das torcidas organizadas de Corinthians e Palmeiras (algo já usual), haverá um reforço na segurança nos principais pontos de deslocamento e nos terminais de transporte.
O Terminal Barra Funda é o ponto que terá maior atenção. O local é utilizado por boa parte da torcida do Palmeiras para chegar ao Pacaembu. Também é rota para os torcedores do Corinthians que estarão em Osasco - por meio da linha 8 da CPTM (Júlio Prestes-Itapevi).
Em depoimento ao jornal "O Estado de S.Paulo", as principais torcidas organizadas de Corinthians e Palmeiras demonstraram temor por "noite de terror".
"A polícia também foi contra a realização dos dois jogos no mesmo dia. Mas, infelizmente, parece que a federação quer ver morte. A justificativa é de que a tabela não pode ser mudada, que não há tempo hábil para isso", diz a Gaviões da Fiel via porta-voz.
"É inadmissível colocar jogos no mesmo dia, que envolvem Palmeiras e Corinthians, a maior rivalidade do Brasil e uma das maiores do mundo. São dois jogos na Grande São Paulo, com 1h30m de diferença, com as duas maiores torcidas de São Paulo usando os mesmos transportes públicos, avenidas e rodovias de acesso", diz a Mancha Alviverde em comunicado.
Até a publicação da reportagem não havia resposta da CPTM e da Federação Paulista.