Cássio, segundo Tite, vai sofrer na remontagem do Corinthians (foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

Em entrevista aberta com um alerta de Tite sobre o vírus da zika, o performático treinador desenhou no ar um ponto de interrogação, resumindo sua expectativa para o reformulado Corinthians no primeiro semestre e repetindo um gesto feito ao presidente Roberto de Andrade. Aos goleiros, reservou uma exclamação.

“Chamei os goleiros, e o Mauri (Costa Lima, preparador): ‘Trabalhem e tenham concentração maior, porque o nível de exigência vai ser maior!’. Vai ter falha de cobertura e vão perguntar: ‘Como que tomou aquele gol?’. É o estágio, o conjunto. Vai acontecer”, afirmou.

Tite perdeu seis titulares da equipe que conquistou o último Campeonato Brasileiro, ganhando seis reforços inscritos no Campeonato Paulista. O encaixe dos novos nomes no esquema vai determinar a rapidez do processo de remontagem. Não havendo harmonia, será preciso mexer no sistema.

“Vou falar o que falei para o presidente, sentado com ele: ‘Presidente, não sei’. Fiz assim: um ponto de interrogação. Não sei quanto pode crescer, não sei em que estágio vai estar. Contra o XV, no nosso primeiro jogo, foi exatamente dentro da minha expectativa. Nem acima, nem abaixo”, comentou.

Daqueles que chegaram, Tite vê Giovanni Augusto, Guilherme, Marlone e André como titulares. São justamente os homens mais avançados, responsáveis pelo processo criativo, aquele que geralmente requer tempo para ser ajustado da melhor maneira. “Tomara que dure menos”, sorriu o gaúcho.