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Para evitar um boicote dos grandes clubes à atual edição da Libertadores, a Conmebol aumentou ainda mais a premiação dos times na fase de grupos.

Se em dezembro, durante o sorteio da competição, já havia ampliado em 50% o valor repassado por cada jogo em que uma equipe é mandante (300 mil para 450 mil dólares), a entidade sul-americana decidiu dar 600 mil dólares (R$ 2,376 milhões).

Os clubes brasileiros haviam aprovado tal aumento, mas ainda diziam que não era o suficiente e buscavam mais dinheiro com a competição.

Como cada clube disputa três duelos em casa, o total ficará em 1,8 milhão de dólares, ou R$ 7,128 milhões. Assim, o campeão continental poderá ganhar 7,75 milhões (R$ 30,7 milhões, se iniciou o torneio nos grupos) ou 8,15 milhões de dólares (R$ 32,3 milhões, caso tenha começado na primeira fase, como o São Paulo).

Além disso, a Conmebol cortou sua própria comissão de 10% da renda bruta de cada partida.

"Estas medidas respondem a uma solicitação apresentada à confederação no final de janeiro pelos clubes cabeça-de-chave da Libertadores de modificar o regime de receitas distribuidos às entidades participantes do certame", esclarece o órgão.

"A melhora para os clubes representa uma distribuição total de mais de 70% das receitas dos contratos de transmissão, publicidade e patrocínio das competições continentais de clubes", garante a Conmebol.

Nesta quarta, os dirigentes que formaram a Liga Sul-Americana de clubes se reúnem em Buenos Aires, e uma das reclamações estava na atual distribuição de prêmios. O presidente do Peñarol chegou a falar em boicote caso a divisão não fosse revista.