Vilson foi contratado por empréstimo junto ao SEV Hortolândia (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)
O Corinthians não corre nenhum risco de ser punido pela Fifa após as contratações do meia Marlone e do zagueiro Vilson, de acordo com o advogado do clube Luiz Felipe Santoro. Os dois jogadores têm vínculos com o Penapolense e o SEV Hortolândia, do interior de São Paulo, e oficialmente estão apenas emprestados ao Timão. Desde 2014, a entidade máxima do futebol proíbe a presença de "clubes hospedeiros" em transferências.
No entanto, Luiz Felipe Santoro garante que não é este o caso, nas negociações de Marlone e de Vilson. O advogado afirmou que outros clubes já fizeram esse mesmo tipo de transferência com os mesmos dois jogadores, e não foram punidos pela Fifa.
Marlone chega emprestado pelo Penapolense (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)
- A notícia não é nem um pouco preocupante (...) O Vilson se vinculou ao Hortolândia em junho de 2014. Em setembro, foi emprestado à Ponte Preta quando já estava vinculado ao SEV Hortolândia. Depois, foi emprestado à Chapecoense. Terminado o empréstimo, ele voltou ao SEV Hortolândia e foi emprestado ao Corinthians. O Marlone se vinculou ao Penapolense em janeiro de 2015. Depois, foi emprestado ao Fluminense e ao Sport quando já estava vinculado ao Penapolense. Terminado o empréstimo ao Sport, ele voltou ao Penapolense e foi emprestado ao Corinthians agora em janeiro de 2016. Em nenhuma dessas duas hipóteses, o Corinthians não corre o menor risco de ser punido pela Fifa - disse o advogado.
Luiz Felipe Santoro afirmou ainda que o Corinthians não precisa tomar nenhuma precaução antes de escalar os dois jogadores. Assim, se o técnico Tite decidir, Marlone e Vilson estão à disposição para a partida contra o XV de Piracicaba, no domingo, que marca a estreia no Paulistão.
- O Corinthians não tem a menor dúvida da regularidade do vínculo desses atletas e da possibilidade de utilização desses atletas e nas competições.
No entanto, o advogado reconhece que a Fifa ainda precisa criar regras mais claras sobre o vínculo e o empréstimo de jogadores.
- Na verdade, não me soa estranho justamente em razão de uma desregulamentação do mercado. Não é proibido que o empresário seja dono de um clube, vincule a esse clube seus atletas e depois empreste seus atletas para outros clubes. Isso poderia ser proibido? Sim, poderia. O ideal seria deixa a situação menos subjetiva, com mais critérios, mais parâmetros, mais objetivos. O atleta poderia ser emprestado depois de três meses ou três partidas no clube. Seria um critério mais objetivo. Enquanto não houver critérios mais objetivos, vão continuar essas situações.