Possível contratação de Alexandre Pato por parte do Chelsea pode ser barrada por conta de uma provável punição (Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians)

O Chelsea pode receber uma notícia nada agradável nos próximos dias que pode atrapalhar os planos do Corinthians em vender Alexandre Pato em julho. De acordo com o diário britânico Daily Mail, o clube pode receber uma punição da Fifa semelhante a de clubes como o Real Madrid, Atlético de Madrid e Barcelona, que foram proibidos de realizar qualquer tipo de contratação ou inscrição de atletas em todas as competições.

Segundo a publicação, o time inglês escalou Bertrand Traore, de Burkina Faso, quando o atleta tinha 16 anos, porém não tinha autorização internacional. Caso receba a punição, uma possível contratação de Alexandre Pato por parte do clube britânico pode ser afetada, uma vez que o atacante está emprestado por seis meses ao time, que tem opção de compra no futuro.

O FOXSports.com.br entrou em contato com o advogado Márcio Andraus, especialista em direito desportivo. O profissional disse que o início da vigência da punição e os termos do contrato do atleta irão determinar se a contratação corre ou não risco de não acontecer.

“Depende dos termos do contrato. Se a opção de compra estiver determinada como uma pré-venda, o Chelsea pode argumentar à Fifa que a transferência já existia e apenas foi confirmada em julho. Neste caso, o vínculo do Pato já vai estar com o Chelsea e não seria um novo registro”, disse Márcio.

Entenda o caso

Bertrand entrou em campo pelo time sub-18 do Chelsea em um clássico contra o Arsenal, em 2011. Se forem considerados culpados, os londrinos devem ser punidos pela entidade máxima do futebol internacional.

A equipe se pronunciou sobre o fato e disse que Bertand, hoje com 20 anos, foi inscrito pelo Chelsea na FA – Federação Inglesa de Futebol, em 2014, e que, na época, a entidade aceitou a inscrição do atleta. De acordo com as regras da Fifa, atletas só podem viajar de um país para outro se os pais também forem, mas por uma razão além do futebol. A situação só é permitida se o atleta fizer parte do continente europeu ou se viver a 100 quilometros de distância do clube.