Técnico tem poucos reforços para remontar o Corinthians (foto Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians)

Tite defendeu durante todo o final do ano passado que o grande mérito do Corinthians campeão brasileiro era ter um elenco homogêneo, em que todos os jogadores tinham relevância para a equipe. O discurso será colocado à prova nesta temporada. Com uma série de baixas, muitos dos reservas de 2015 serão titulares em 2016.

“Seria interessante que o time campeão brasileiro tivesse sido mantido porque já estava redondinho. Mas já demonstramos que todos do grupo eram importantes no ano passado, então temos jogadores prontos para suprir os desfalques. Quem ficou está preparado”, garantiu o meia Rodriguinho, herdeiro da vaga aberta por Renato Augusto.

A julgar pela formação que Tite tem escalado nos treinamentos, houve outras quatro mudanças no time – o goleiro Walter, o volante Bruno Henrique, o meia Danilo e o atacante Ángel Romero ficaram com as posições de Cássio, Ralf, Jadson e Vagner Love.

O sistema tático, contudo, permaneceu inalterado. “Estamos jogando do mesmo jeito, mantendo um padrão que funcionou. Não sentimos dificuldades porque já estamos treinando juntos há muito tempo, e o Tite sempre trabalhou com todos da mesma forma. Está sendo bem tranquilo”, afirmou Rodriguinho, apegando-se mais uma vez ao discurso de 2015 como trunfo.

Tite não aparenta estar tão tranquilo assim. O técnico dizia que o seu grande reforço em 2016 seria a manutenção do elenco vitorioso em 2015. Neste ano, preocupado em formar um novo Corinthians, ainda não concedeu entrevistas e tem se mantido calado no convívio com os atletas remanescentes.

“Conversamos pouco com o Tite até agora. É lógico que deve estar chateado por perder jogadores importante, mas existe a confiança no grupo. Ele está tentando ajudar quem ficou nas partes tática e técnica. Parece ser o mesmo cara de sempre”, opinou Rodriguinho, ansioso para adquirir um bom ritmo de jogo rapidamente. “Se os resultados vierem, falarão que a nossa equipe já está montada”, concluiu.