A perda de seus dois principais meias, Jadson e Renato Augusto, obrigou o Corinthians a buscar pelo menos um substituto de peso para as vagas deixadas em aberto. A diretoria do clube analisa as opções tanto no mercado nacional quanto no internacional, e cogita até investir na contratação de Lucas Lima, que se destacou pelo Santos em 2015.

Os valores do negócio, no entanto, assustaram. A multa rescisória para times brasileiros é de R$ 60 milhões, enquanto equipes estrangeiras devem pagar R$240 milhões (€ 60 milhões) para ter o meia. Por isso, os dirigentes do Timão avaliam a negociação como extremamente difícil e ainda não fizeram uma proposta oficial.

A rivalidade com o Santos é vista como outro obstáculo. Mesmo que a oferta fosse financeiramente vantajosa, o Peixe não liberaria tão facilmente um de seus principais jogadores para um rival. O Alvinegro Praiano tem apenas 10% dos direitos de Lucas Lima. O grupo Doyen Sports possui 80% e o empresário Edson Khodor é dono dos outros 10%.

Em contrapartida, o Timão vê a Copa Libertadores como um atrativo para que o fundo de investimentos aceite a transferência do atleta. A competição daria mais visibilidade ao meia e abriria portas para uma futura negociação com clubes do exterior.

A relação do Corinthians com a Doyen não é das melhores, mas o torcedor pode ficar um pouco otimista. Renato Duprat, representante da empresa no Brasil, foi o responsável por costurar a parceria entre Timão e MSI na gestão de Alberto Dualib. Na época, o empresário teve problemas com Andrés Sanchez, que deixou o clube paulista na última terça-feira.

Lucas Lima tem sido um dos jogadores mais desejados no mercado brasileiro. Também na terça, o Santos recusou uma proposta do Palmeiras pelo meia. Antes, uma equipe da China sondou o atleta, que não se interessou pela mudança para um país de pouca expressão no futebol.