Ricardo Correa/Placar

Nesta quinta-feira (07), o Corinthians relembra mais um capítulo inesquecível da história centenária do clube do Parque São Jorge. Há 16 anos, o Timão enfrentava o Real Madrid, pelo Mundial de Clubes da FIFA, no estádio do Morumbi. Apesar do empate em 2 a 2, o grande destaque daquele dia foi Edilson, que marcou os dois gols, além de protagonizar um lance que marcou aquela competição: a caneta no zagueiro Karembeu.

Multicampeão no Corinthians, Edilson relembrou momentos daquele dia importante. O ex-atacante alvinegro revelou que o clima de jogo já tinha começado horas antes da bola rolar no Morumbi. “Foram várias lembranças daquele jogo. A polêmica que foi criada antes do jogo sobre uma declaração minha que o Karembeu não era todo esse jogador. Antes do jogo eu comentei com Vampeta, ele botou na imprensa, e isso veio à tona", contou.

"A partir daí, foi criada uma expectativa para o jogo, já que na verdade ele iria me marcar no dia do jogo. No elevador, com jogadores do Real, eles me olhavam de cara feia. Fiquei brincando com os jogadores do Real que ganharíamos o jogo, e o clima da partida já começou no elevador. Estávamos no mesmo hotel. Durante o jogo, o que ficaram marcados foram os gols, o pênalti defendido pelo Dida e a minha caneta no Karembeu”, recordou o ídolo corinthiano.

Edilson também falou sobre o nível técnico da equipe corinthiana naquela época. Mesmo com a força do Real Madrid, o Capetinha analisou que o apoio da Fiel foi fundamental no jogo contra os merengues.

“O Real Madrid era muito forte, mas nosso time também era. Nós acreditávamos na gente. Estávamos em casa com apoio da torcida. Naquela época, poderia vir quem fosse com apoio da Fiel. O torcedor do Corinthians tem essa coisa: ‘Aqui é Corinthians, e quem vier vai tomar pau’. Eu me orgulho muito de ter passado para final, de ter ajudado o time a sair campeão. Mas sozinhos não fazemos nada. Todo mundo jogou bem e teve sua participação", comentou Edílson. "Depois de toda polêmica e depois de um lance que ficou para história de futebol, aquela caneta memorável em cima do Karembeu, foi gratificante vestindo a camisa do Corinthians. Isso engrandece muito mais o atleta”, concluiu.