Renato Augusto ainda não assinou o contrato com Beijing Guoan, mas está prestes a assinar.

Não que quisesse.

Na verdade, Renato Augusto torcia para que a proposta da China fosse menor do que de fato efetivou-se. É muita grana! Em torno de R$ 1,5 milhão por mês.

“Infelizmente o que eu mais temia aconteceu'', disse o meia.

Quer dizer, que o contrato é irrecusável. Daquele tipo que se você disser não, algum amigo seu vai olhar no seu rosto e te chamar de babaca ou louco. Renato Augusto não quis ouvir nenhuma das duas acusações. Com dor no coração, Renato Augusto está prestes a assinar.

Não assinou ainda, porque o contrato não chegou às suas mão ainda. Mas a decisão está tomada. Renato Augusto está decidido a ir para a China, como antecipou o repórter Dassler Marques no Uol, na tarde desta terça-feira.

Uma pena!

Para o futebol brasileiro, é uma ameaça definitiva. O êxodo para o exterior existe desde os anos 20. Domingos da Guia, em 1929, dizia jogar por amor pelo Bangu, mas assinou rapidinho quando chegou a proposta do Nacional de Montevidéu, onde o futebol era profissional seis anos antes do Brasil. Depois foi jogar pelo Boca Juniors, na Argentina, onde o profissionalismo chegou em 1931 — por aqui, só em 1933.

Mas agora… A China não é a Itália, para onde foram Falcão, Zico, Cerezo, Edinho, Júnior, no início dos anos 80.

Lá, os brasileiros aprendiam no aspecto tático, cresciam tecnicamente jogando com os melhores do planeta — com Maradona, Platini, Rummenigge, Gullit, Van Basten…

Na China, não. O Brasil vende sua melhor matéria prima e não recebe nada em troca, a não ser a obrigação de fazer ainda mais jogadores brotarem num chão que já não dá tantos craques quanto dava no passado.