O Corinthians já prepara a complicada logística para chegar à cidade de El Salvador, na Província de Chañaral, região de Atacama, no Chile. Mas a viagem de 3,3 mil quilômetros pode não acontecer. Tudo porque, neste momento, a diretoria do Cobresal sofre pressão nos bastidores para alterar o palco dos seus três primeiros jogos na fase de grupos da Copa Libertadores, entre eles, o duelo com o Alvinegro.

A pressão é consequência da falta de estrutura do estádio El Cobre, de cerca de 15 mil lugares. E nada tem a ver com a capacidade do local. Não há cabines de imprensa suficientes para receber partidas de grande apelo. Os vestiários também não são considerados ideais. Reformas nos dois ambientes seriam necessárias.


Sebastián Moreno, presidente do Cobresal, não abre mão de mandar os jogos do torneio sul-americano no estádio de El Salvador e prometeu melhorias. Nem mesmo o interesse de empresários de comprar o mando de campo e levar para cidades maiores, como Antofagasta ou La Serena, parece mexer com o dirigente.

O clube chileno é o mais inusitado dos rivais corintianos – Cerro Porteño (PAR) e Oriente Petrolero (BOL) ou Santa Fé (COL) são os outros. E não só porque disputou apenas uma Libertadores, em 1986. A equipe, que correu risco de rebaixamento, mas acabou campeã do Clausura 2015, é nova, tendo sido fundada em 1979. Estima-se que a exploração de cobre em El Salvador, principal fonte de renda da cidade, possa acabar até 2021.

Assim, a região deve ser desabitada, a cidade pode acabar e, assim, o Cobresal ter de se mudar. Enquanto isso não ocorre, a equipe tenta o feito inédito de passar da primeira fase.