Quarto de Vitinho tem camisas, troféus e medalhas de Corinthians e seleção brasileira (Foto: Marcelo Braga)
O departamento de formação do Corinthians terá um grande desafio no início do próximo ano: negociar e firmar o primeiro contrato profissional do atacante Victor Moura, que completa 16 anos em 4 de janeiro, data do término do seu vínculo amador com o Timão, e que está valorizado. Além de um bom projeto, a família exigirá valores compatíveis com a expectativa colocada nele.
Tratado como uma joia dentro do clube e também por seu estafe, Vitinho foi campeão e artilheiro do Sul-Americano Sub-15, em dezembro, na Colômbia, com sete gols. O Manchester City, da Inglaterra, que levou o garoto para um intercâmbio de dez dias no seu CT em outubro, pode ser a chave do negócio. Em uma composição com os ingleses, o vínculo deve ser firmado já com a preferência de compra firmada com os europeus para 2018, quando ele completar 18 anos.
Vitinho com o pai e um atleta da equipe sub-16 do City, no mês de outubro (Foto: Arquivo Pessoal)
Em visita do GloboEsporte.com à casa do jogador, em Guarulhos, ele contou como foi o período na Europa, em ação armada pelo empresário Nick Arcuri com o Timão, que inclusive enviou um funcionário para acompanhar o dia a dia do garoto na categoria sub-16 do clube inglês.
– Foi uma experiência excelente. Dentro de campo, pela intensidade alta, de não deixar o ritmo cair, sempre procurando me movimentar, jogando de costas a um ou dois passos do marcador. O ruim foi a comunicação. Eu demorava uns cinco minutos para entrar nos trabalhos. Ficava esperando para entender o que podia ou não fazer, se eram só dois ou toques livres.
Após nove dias de treinamentos no CT da base do clube, a experiência terminou com um jogo diante do Newcastle, em que superou a baixa temperatura e até fez um gol na vitória por 5 a 1.
– Entrei no segundo tempo, com cinco graus. Foi um pouco difícil para respirar, mas me adaptei e me destaquei. Acho que voltei muito melhor do que estava antes. Não tinha essa mesma movimentação, nem chegava tanto na área. No Sul-Americano foi ritual, cheguei mais na área. Mas tenho muito a fazer aqui ainda, trouxe essa experiência para me aperfeiçoar – disse.
Vitinho com os pais na frente de sua casa, em Guarulhos (Foto: Marcelo Braga)
Pai de Vitinho e corintiano roxo, Emerson Oliveira acredita ter uma mina de ouro nas mãos. Dando suporte ao filho no futebol desde os 4 anos, em trajetória iniciada em uma escolinha, passando pelo futsal e desde os 13 só no futebol de campo, ele confia em um futuro promissor.
– Tenho fitas dele aí que você se surpreende ao ver. Não comparando com Neymar e Ronaldinho Gaúcho, mas como os vídeos que a gente vê deles pequenos, se eu te mostrar os que tenho aqui, ele (Vitinho) é diferente. Não é coisa de pai. As pessoas me falam, uma vez o Ricardinho (ex-meia) elogiou: "Cuida do garoto, que ele tem talento" – relata o pai, que é comerciante.
– Não ligo muito para essa responsabilidade dentro de campo. Só entro para jogar bola – se esquiva o jovem jogador, aficionado por celulares, fã de rap e colecionador de bonés.
Quarto de Vitinho tem frase motivacional: "O primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer" (Foto: Marcelo Braga)