Dirigentes do Corinthians são unânimes ao afirmar que o clube não precisa vender jogadores nesta janela de transferências para equilibrar as contas. No entanto, o orçamento do clube para a próxima temporada prevê R$ 45 milhões de arrecadação com negociações para saídas de atletas.

Por outro lado, na previsão orçamentária do Timão constam apenas R$ 10 milhões destinados a contratações – o mesmo valor deste ano, quando o clube não garantiu reforços de grande impacto.

O documento projeta superávit de R$ 3,8 milhões ao fim de 2016, mas o diretor financeiro Emerson Piovesan diz que a meta é ficar “zerado”. Ou seja, a prioridade é evitar um novo resultado negativo. Em 2014, o clube fechou no vermelho em R$ 97 milhões e, até setembro deste ano, acumulava déficit de R$ 30 milhões.


Entretanto, Piovesan faz questão de ressaltar que, para ter equilíbrio nas contas, o Alvinegro não pode abrir mão de seguir tendo uma equipe competitiva.

– Lançamos as vendas de jogadores no orçamento por uma questão contábil, mas não contamos com isso. O que esperamos é continuidade de um controle rígido de despesas e custos e também o aumento de receitas. Isso viria com o Fiel Torcedor, patrocínios... Isso tudo está sendo feito, até aproveitando o bom momento vivido após o título brasileiro – declarou o diretor, ao LANCE!.

A venda de Alexandre Pato pode solucionar essa equação. A diretoria corintiana fala em negociá-lo por até 20 milhões de euros, cerca de R$ 87 milhões na cotação atual. Com esse valor e sem o compromisso de pagar R$ 800 mil de salário a ele por mês, o clube poderia não só segurar seus astros, como ir em busca de outros.