17/12/2015 09:55
Ocupação na escola e no Corinthians: Léo Jabá conclui 2ª grau e sonha alto
Atacante divide tempo entre treinos no Timão e estudo. Nos últimos dias, viu os colegas de classe ocuparem escola em protesto contra o Governo de São Paulo
Todo garoto que conclui o Ensino Médio deixa a escola com muitos planos. Aos 17 anos, Léo Jabá, está vivendo esse momento, mas, diferentemente de muitos jovens de sua idade, ele não tem dúvidas sobre o que quer ser quando crescer. Uma das apostas do Corinthians para a Copa São Paulo de Futebol de 2016, o atacante, prestes a receber o diploma na Escola Estadual Visconde de Taunay, em Santo André, sonha ser parte do elenco profissional do Timão.
Em julho, na vitória por 1 a 0 sobre o ABC, em jogo festivo em Natal, quando só reservas e garotos atuaram, Jabá deixou o banco para se tornar o terceiro jogador mais novo a estrear no time principal do Timão, a 11 dias de completar 17 anos (Zé Elias, em 1993, e Jô, em 2003, estrearam ainda mais jovens). O jogador entrou bem e ganhou elogios de Tite.
– Tenho muita gratidão a ele. Não é qualquer pessoa que está falando e te elogiando, é o Tite. Tenho de me aprimorar cada vez mais, fiquei feliz por ouvi-lo, mas tenho de manter os pés no chão para conseguir ficar em definitivo no elenco profissional – afirmou o novato, que passou apenas duas semanas treinando com o elenco que terminaria a temporada com o título do Brasileirão.
Tite foi apenas um dos professores em 2015. No sub-17, Jabá teve Márcio Zanardi. No sub-20, onde participou da conquista do Paulistão da categoria, Osmar Loss. Na Seleção sub-17, Carlos Amadeu, que o comandou no título do Suwon Cup, torneio realizado em setembro na Coreia do Sul.
Já em Santo André, onde mora, os professores foram vários: de matemática, física, português, química... Compreensivos, facilitaram a vida escolar do jogador, que foi até homenageado com faixa na porta da instituição quando o Timão conquistou o Campeonato Paulista sub-20.
– Quando Léo ia viajar, o Corinthians avisava antes, ele falava com os professores e eles adiantavam os trabalhos. Quando voltava, colocava em prática o restante. Não atrapalhou, o pessoal colabora e entende. Pegamos no pé para ele estudar, mas sempre foi bom aluno – garantiu Silvano, pai de Léo Jabá e também de Leandro, meia que está no sub-15 do Timão.
A escola de Léo Jabá foi uma das cerca de 200 ocupadas por estudantes no estado de São Paulo, em reação ao projeto de reorganização apresentado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) – o plano, que fecharia 93 escolas, foi suspenso.
De longe, nas concentrações e via WhatsApp, o atacante acompanhava o dia a dia dos amigos de classe, mas sem se meter muito nas ações de resistência.
– Teve isso com todas as escolas públicas, né? Não sei muito porque estava em competição. Mas temos o grupo da nossa sala (no celular) e fico sabendo. Sei que voltaram segunda-feira para a escola. Acho que eu não teria ido na ocupação, não. Ficaria na minha mesmo – disse ele, que aguarda a entrega do diploma.
Com foco na Copinha do ano que vem, quer o título e a promoção para reencontrar Tite.
– Que 2016 seja um ano bom, sem lesões, que eu faça uma boa Copa São Paulo e que tenha mais chances no profissional – projetou.
No Corinthians desde os 11 anos, Jabá tem 75% dos direitos econômicos ligados ao clube. O restante está dividido entre a família e o empresário Nick Arcuri. Neste ano, ele assinou vínculo até 2018.
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