7/12/2015 07:35

Jogo a Jogo: sofrimento, tensão e paixão na despedida do Brasileiro-15

Última rodada rebaixa Avaí, Vasco e Goiás e coloca o São Paulo na Libertadores. Atlético-MG assegura a segunda colocação, com o Grêmio em terceiro

Jogo a Jogo: sofrimento, tensão e paixão na despedida do Brasileiro-15
O Figueirense colocou uma TV no banco de reservas. André Lima, do Avaí, escondeu um celular na caneleira para acompanhar, da beira do campo, o que acontecia na rodada. Torcedores do Inter assistiram aos minutos finais do jogo contra o Cruzeiro com o rádio no ouvido, para saber como ia o São Paulo, enquanto torcedores do Fluminense celebravam o gol feito pelo Figueirense contra o... Fluminense – para ver o Vasco rebaixado, como de fato aconteceu no empate por 0 a 0 com o Coritiba, jogo em que um torcedor do Coxa foi ao Couto Pereira em uma cama hospitalar, abaixo de chuva, apoiar seu time na luta contra a queda. O Brasileirão de 2015, mesmo com o campeão e outros dois classificados para a Libertadores já definidos, se despediu neste domingo com um bocado de emoção.


Torcedor do Coritiba enfrenta chuva e dificuldades para apoiar time em jogo decisivo contra o Vasco (Foto: Monique Silva)

A luta contra o rebaixamento concentrou a maior tensão. Eram cinco times lutando contra três lugares do Z-4. Coritiba e Figueirense se salvaram. Caíram Avaí, Vasco e Goiás, que acompanharão o Joinville na Série B em 2016.

No bloco superior da tabela, o São Paulo garantiu a quarta vaga na Libertadores ao vencer o Goiás, para azar do Inter, que jogou bem e bateu o Cruzeiro – mas em vão. E o Atlético-MG, ao fazer 3 a 0 na Chapecoense, assegurou o segundo lugar, deixando o Grêmio em terceiro.



O jogo em 140 caracteres

Choveu. E choveu muito em Curitiba. Campo pesado, várias poças e uma bola que parava quando não devia ou corria demais quando não precisava.

Em vez da batalha campal de 2009, as imagens de fim de jogo no Couto se resumiram à desolação dos jogadores e ao choro da torcida do Vasco.

Retrato da queda: já nos acréscimos, Jorge Henrique chutou uma poça d'água para molhar um gandula. De propósito. Foi expulso. Merecidamente.


Em casa e com a situação mais confortável entre os times ameaçados de queda – tão confortável que a torcida não enfrentou a chuva e compareceu em número não mais do que razoável: este foi o CORITIBA que, amparado por três vitórias seguidas, entrou em campo na última rodada para administrar o empate que lhe bastava. E assim o fez, com a tranquilidade de quem não tinha o desespero ao seu lado. E pouco importa se não teve "Green Hell" ou se o time praticamente não criou. Em 2016, o Coxa segue na Série A.


No momento em que o VASCO reclamava um pênalti em Nenê, o Figueirense abria o placar contra o Fluminense. Logo depois, o Avaí fazia 1 a 0 no Corinthians. E o sonho de permanecer na elite desabava em poucos minutos. Em campo, aquele time do returno, vibrante a ponto de fazer a torcida acreditar no milagre, parecia assustado. Teve sempre mais a bola nos pés, mas sem aproveitar o domínio. No fim, pesou o mau planejamento de quem acreditou ser o título estadual a garantia de sucesso no ano.



O jogo em 140 caracteres

Marcão entrou no intervalo e, aos três minutos do segundo tempo, fez o gol mais importante do ano para o Figueira: o gol da salvação.

Torcedores do Flu levaram faixas pedindo que o time entregasse o jogo para prejudicar o Vasco. E comemoraram o gol do Figueirense.

O Fluminense jogou com seriedade e teve chances de gols. Mas foi derrotado, mantendo a rotina de maus resultados como visitante.


O FIGUEIRENSE jogou com o coração na reta final do Brasileiro para se salvar - e o apoio recebido da torcida mesmo nos piores momentos deste domingo comprova isso. A derrota para o São Paulo doeu forte, e foi necessário sofrer contra o Fluminense. Salvar-se da queda e ainda rebaixar o maior rival tem gosto de título. O Figueira teve ano turbulento, foi atrapalhado pela saída de Argel para o Inter, mas não pode se acomodar na salvação - sob pena de ter apenas adiado em um ano o rebaixamento.


Muito se temia no 2015 do FLUMINENSE, pelo fim da parceria com a Unimed, que foi a sustentação financeira do clube nos últimos anos. A temporada mostrou que é possível andar com as próprias pernas. A campanha foi medíocre, muito aquém do que deseja a torcida, mas era difícil exigir muito mais do que isso em um ano de transição. A missão agora é aproveitar a estrutura criada para alcançar um 2016 bem melhor - e a presença do técnico Eduardo Baptista pode ser um bom começo.



O jogo em 140 caracteres

Vagner Love superou críticas de torcedores do Corinthians, fez mais um e fechou o Brasileirão como vice-artilheiro: 14 gols.

Com 71% de posse de bola, o Corinthians trocou nada menos que 487 passes no jogo, errando apenas 37. Aproveitamento impressionante de 92,4%.

Apesar de um rebaixamento estar em jogo, o duelo foi leal. Em 57m21s de bola rolando, houve 25 faltas: foram 15 do Avaí e 10 do Corinthians.


Campeão com três rodadas de antecedência. Entrega das faixas com o time reserva humilhando o rival São Paulo. O que mais faltava ao CORINTHIANS no Brasileirão 2015? Anotar o recorde de pontos no campeonato com 20 clubes. E conseguiu. O empate levou o Timão, com uma formação mista em campo, a 81 pontos, um a mais que o Cruzeiro de 2014, e rendeu festa à Fiel na Arena lotada. E foi isso, aliás, o mais importante do domingo. Festa de um time que sobrou na turma e já vê 2016 com bons olhos.


Por 21 minutos, o AVAÍ teve garantida sua permanência no Série A. Pouco importava se o Vasco ainda poderia bater o Coritiba ou que o Figueirense estivesse vencendo, porque o gol de Claudinei bastava. Mas o adversário era o hexacampeão brasileiro. E o gol de Love fez a euforia dar lugar ao desespero, com goleiro indo ao ataque e todos os ingredientes do drama. E o fim não foi feliz. A equipe mal esquentou o lugar na elite e está de volta à Segundona depois de passar o Brasileirão lutando exatamente contra isso.



O jogo em 140 caracteres

O Goiás parecia não saber que tinha chances de permanência. Teve seis finalizações no jogo, mas nenhuma chance real de gol.

Thiago Mendes fez mais uma boa atuação pelo São Paulo e encerra o ano como um dos destaques da equipe. Promete para 2016.

De nada adiantou o apoio da torcida. O Serra Dourada teve 34.284 pagantes, maior público do Goiás no Brasileirão, mas o time foi rebaixado.


Mesmo se vencesse, se goleasse, se tivesse uma de suas melhores atuações na história, o GOIÁS não mereceria ficar na Série A. O clube esmeraldino deu vários sinais ao longo da temporada de que a Série B seria seu destino, desde os desentendimentos entre diretoria e elenco até a limitação técnica da equipe. Contra o São Paulo, sequer parecia jogo decisivo. O time foi apático. Agora a missão é dura: fazer uma ampla reformulação no clube, mas ao mesmo tempo não se perder para tentar retornar à elite.


Tudo bem, torcedor do SÃO PAULO: pode celebrar a vaga na Libertadores. Mas tenha noção de que ela só veio com a incompetência dos rivais. O Tricolor se esforçou para não terminar no G-4. Sofreu com crises políticas e a inconsistência do time. O ano acaba em campo, e a diretoria deve agir. A próxima temporada começará sem Pato, Rogério, Luis Fabiano, e o clube ainda está sem treinador definido. Terá que se movimentar, mesmo com limitações financeiras, para não fazer feio na Libertadores.



O jogo em 140 caracteres

Vitinho, o melhor jogador do Inter desde a chegada de Argel, fez os dois gols da vitória colorada - insuficientes para ir à Libertadores.

A torcida do Inter aplaudiu o time quando terminou a partida, mesmo sabedora de que o São Paulo vencera o Goiás e ficara com a Libertadores.

O Cruzeiro jogou pouco na despedida de Mano Menezes. Sem chances de G-4, foi dominado pelo Inter e teve só três finalizações.


O INTER fez de tudo para ficar fora da Libertadores - escanteou o Brasileiro no começo, trocou de técnico às vésperas de um Gre-Nal, perdeu pontos inconcebíveis. Só chegou à última rodada vivo porque o São Paulo também se esforçou para se livrar da vaga. No fim, os colorados ficaram dois pontos atrás dos paulistas. Os aplausos da torcida foram justos pela atuação, mas benevolentes pela temporada. Agora, é preciso dar sustentação a Argel, que teve bons resultados, mas com futebol nada além de mediano.

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