Recém operado para a retirada de varizes, o técnico Tite não foi a campo na última quarta, dia da reapresentação do elenco alvinegro. A ausência do comandante, no entanto, não trouxe mudanças em termos de trabalho. Para Walter, o treino comandado por Matheus Bachi – filho e auxiliar do treinador – exigiu da mesma forma, mas não deu mostras concretas da equipe que enfrentará o Avaí no domingo.

Tratando a concorrência com Cássio de forma natural e respeitosa, o goleiro reserva do Timão ainda não sabe se jogará no domingo, mas não escondeu a vontade de se despedir da torcida em 2015 como titular. “É sempre bom estar jogando e vestindo a camisa do Corinthians. Ainda não sabemos quem vai ou não. No último jogo também soube em cima da hora, no sábado, que ia jogar”, falou em coletiva.

Sabendo que, apesar do tropeço recente contra o Sport, o Corinthians pode inaugurar um novo recorde caso vença o Avaí, superando as campanhas campeãs do Cruzeiro em 2014 e 2003, Walter negou corpo mole neste final de temporada e minimizou a importância dada aos rivais do time catarinense na luta contra o rebaixamento, todos interessados no resultado de Itaquera.

“A gente faz o nosso trabalho, procura a vitória a todo momento. Vamos buscar isso dentro de casa, tem o negócio do número de vitórias para entrar no recorde também. Nós vamos com um time bem aguerrido para domingo. Vamos fazer o nosso papel e deixar para lá os outros times”, comentou, negando qualquer falta de ambição para prejudicar equipes como Goiás, Vasco e Figueirense – que torcem por um resultado adverso do Avaí.

O Corinthians ainda fará mais três treinamentos antes do jogo de domingo. O último, inclusive, acontecerá na Arena, no sábado, em solidariedade às vítimas da tragédia natural de Mariana. Os torcedores que trouxerem, ao menos, duas garrafas de 1,5l de água poderão obter ingressos para acompanhar o treino, que deverá ter Tite em campo e um time mais bem definido.

Com o desfalque certo de Jadson, líder de assistências e artilheiro da equipe, suspenso pelo terceiro amarelo, o time pode ser formado com Cássio (Walter); Fagner, Edu Dracena, Gil e Uendel; Ralf, Bruno Henrique e Rodriguinho (Danilo); Lucca, Romero e Lincom.

Tranquilo, ‘sósia’ Walter aproveita troca de experiências com Cássio – Há quase dois anos uma brincadeira se tornou recorrente no Corinthians: as piadas com Cássio e Walter, goleiros do Timão e fisionomicamente parecidos. Além de fisicamente parecidos, os dois se assemelham também pelo semblante tranquilo, fala calma e segurança na meta alvinegra.

As poucas coincidências facilitam o entrosamento, e Walter não se incomoda com a reserva. “Ele está numa fase excepcional, foi convocado recentemente para a Seleção e já deveria ter ido antes por tudo que tem feito. Eu estou trabalhando e procurando meu espaço. A cada jogo quero entrar da melhor forma possível para os jogadores e a comissão não sentirem a falta dele. Um ajuda o outro e todo o mundo ganha”, argumentou.



Colegas de posição, Cássio (E) e Walter (D) convivem em harmonia mesmo competindo