1/12/2015 08:49

Reforço do Corinthians ficou um ano parado fazendo bico de pedreiro e quase largou a bola

Alan Mineiro em ação pelo Bragantino: meia tem tudo certo para jogar no Corinthians

Reforço do Corinthians ficou um ano parado fazendo bico de pedreiro e quase largou a bola
O meia Alan Cássio da Cruz, mais conhecido como Alan Mineiro, do Bragantino, é um dos grandes destaques da Série B deste ano. Com grandes atuações, ele fez o time do interior paulista pleitear o acesso até as últimas rodadas. Era questão de tempo até chamar a atenção de um grande clube, e não à toa o atleta já tem tudo certo para reforçar o Corinthians, atual campeão brasileiro, no ano que vem.


Uma volta por cima e tanto para quem já teve que fazer bico de servente de pedreiro enquanto enfrentava o desemprego no futebol...

Nascido em Três Corações-MG, Alan teve um "vizinho" ilustre desde cedo: "Eu era vizinho da casa que o Pelé morou e hoje virou museu. Conheço uns parentes bem distantes dele", conta o meio-campista, autor de 12 gols na Série B pelo Braga, ao ESPN.com.br.

De família humilde, o hoje meio-campista ajudava na roça durante a infância, plantando feijão e tomate: "Colher feijão era pesado demais. Ficava muito tempo agachado e andando quilômetros. Isso me dava muita dor nas costas! Mas não reclamo, porque aprendi a valorizar mais o que conquistei", afirma.

Já adolescente, trabalhou como servente de pedreiro para ajudar em casa. No entanto, o próprio Alan admite que não era nada bom no que fazia.

"Eu fazia a massa, aquela mistura toda. Uma vez fui coar areia para fazer concreto, só que no concreto não vai areia de jeito nenhum (risos). Meus amigos me zoam até hoje por causa disso... Como pedreir,o sempre fui um bom jogador (risos)", brinca.

Ao mesmo tempo em que dava duro nas obras, o habilidoso meio-campista tentava a sorte no futebol. Após se destacar em uma escolinha de sua cidade, foi para o Águia-PR, onde teve sua primeira chance em um clube. No Paranaense sub-20, anotou 20 gols e chamou a atenção do Atlético-PR, que o levou em 2005.

No CT do Caju, Alan Mineiro jogou com atletas como o atacante Willian (hoje no Cruzeiro) e o zagueiro Rhodolfo (ex-São Paulo e Grêmio). No entanto, não chegou a ser muito aproveitado no time profissional, sendo emprestado a Brasil de Pelotas, São Bernardo e Guaraní-PAR durante os tempos em que foi atleta da equipe curitibana.

Só que foi aí que uma carreira que parecia prestes a decolar desandou.


Alan Mineiro dá entrevista: meia marcou 12 gols na Série B com o Bragantino

Um ano parado

"Quando acabou meu contrato com o Atlético-PR, em 2009, eu dei uma desanimada do futebol e fiquei um ano parado. Não apareceu nenhum clube e voltei para minha casa, em Minas Gerais. Só treinava por conta e arrumei uns bicos para ajudar a família para trabalhar como servente de pedreiro, mas sem coar areia desta vez (risos)", relata Alan.

"Eu tinha 22 anos quando aconteceu tudo isso. Sempre tive uma pequena esperança de um dia voltar, mas estava muito desanimado e achando que tinha acabo minha carreira. Jogava no amador com meus amigos de final de semana para levantar uns trocos. Ganhava R$ 150 por jogo. Dependendo do campeonato, até mais, uns R$ 300", lembra.




Alan passou pelo Albirex Niigata, do Japão


Ao todo, o meia ficou um ano parado até que o pequeno Olé Brasil, time empresa de Ribeirão Preto-SP, lhe convidasse para jogar a Série B Paulista, equivalente à 4ª divisão estadual. Sem pensar duas vezes, o mineiro aceitou. Depois, acabou contratado pelo Águia Negra-MS.

Foi no Paulista de Jundiaí, em 2011, porém, que Alan Mineiro retomou de vez a carreira. Titular absoluto e camisa 10 do time do técnico Wagner Lopes (o mesmo que hoje comanda o Bragantino), ele fez gol e foi um dos heróis da conquista da Copa Paulista daquele ano, em cima do Comercial, de Ribeirão Preto.

Isso lhe rendeu uma passagem por empréstimo no Albirex Niigata, do Japão, e depois uma transferência para a Ferroviária, clube de Araraquara-SP. O início na equipe grená foi difícil, com uma grave lesão no tornozelo que o deixou um bom tempo afastado. No entanto, tudo mudou no começo de 2015, quando Alan brilhou de vez.


Na Ferroviária: campeão, craque e ídolo


"Coloquei na minha cabeça que 2015 ia ser meu ano e, graças a Deus, subi com a Ferroviária, fui campeão e eleito melhor jogador da Série A-2 do Paulista. Depois fui para o Bragantino, e agora vou para o Corinthians. Estou maduro e sei o que é certo e errado, acredito que as coisas aconteceram na época certa. Se tudo isso tivesse acontecido antes, talvez não teria a maturidade suficiente para aproveitar tudo da maneira correta", admite.

A ida de Alan para o Parque São Jorge, aliás, deixou sua família orgulhosa em Três Corações. Agora, é só aguardar para ver o filho vestindo a camisa do "Timão".

"Na minha família tem um monte de corintianos, acredita (risos)? Já era minha vontade de jogar lá, por causa da torcida e pela história do clube, e ainda mais pelo meu irmão, que é corintiano roxo", finaliza o reforço alvinegro.


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