Tite volta à Arena Pernambuco e é ovacionado pela torcida corintiana (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)

O técnico Tite entende que a derrota do Corinthians por 2 a 0 para o Sport, neste
domingo, na Arena Pernambuco, não era desejável, mas é compreensível. Com um time muito modificado – apenas cinco titulares estavam em campo – o comandante alvinegro viu um Corinthians abaixo de seu padrão normal, aquele que valeu o sexto título brasileiro da história do clube.

– Quando mexemos peças, entenda-se: a coordenação dos movimentos não é a mesma. Quando você pega uma equipe que tem a qualidade do Sport, sofremos um pouquinho mais. Acabou traduzindo o placar. O nível de competitividade do Sport estava acima, nós estávamos abaixo do nosso padrão normal – disse o técnico, em entrevista coletiva.

Dos jogadores que mais atuaram no Brasileiro, estiveram em campo Fagner, Gil, Uendel, Jadson e Vagner Love. Nomes como Cristian, Bruno Henrique, Rodriguinho e Romero puderam ser melhor observados. Apesar da derrota, Tite não vai deixar de rodar sua equipe.

– Nós perdemos, mas não vamos justificar a derrota em função de dar oportunidades. Romero criou oportunidades contra o São Paulo, por isso jogou hoje. Nós queríamos vir aqui fazer um grande jogo e vencer o Sport, mas eles foram melhores – resumiu o técnico.

A derrota fez o Timão perder uma invencibilidade de dez jogos no Brasileiro. O último resultado negativo tinha ocorrido há mais de dois meses: 2 a 1 para o Internacional, em setembro.

O elenco do Corinthians retorna a São Paulo na madrugada desta segunda-feira e só volta a treinar na quarta. Com 80 pontos, o time encerra sua participação no Campeonato Brasileiro no próximo domingo, contra o Avaí, às 17h (horário de Brasília), em sua arena.

Confira abaixo as principais respostas do técnico:

O Sport surpreendeu?
– Surpreendeu a quem não observa e quem não vê desempenho. Teve uma série de resultados fora de casa que não o deram uma condição melhor. Eu volto a dizer, a sequência do Falcão melhora a qualidade dos atletas, a gente vê essas duas linhas de quatro com muita qualidade. Tu tem essa mecânica, essas organizações, esse jogar sem pensar. Nós sofremos um pouquinho hoje nesse jogar sem pensar. Você mexe peças, mas não é a mesma coisa.

Principal ídolo do Corinthians?
– As pessoas me perguntaram assim: ‘Você tem medo de assumir uma posição de destaque?’. Não, não tenho medo. Eles querem pegar um nome, mas eu sei dividir. Agradeço a escolha, mas é um trabalho de todos. Me veio na memória o último jogo contra o Náutico, em 2013, a minha despedida. Para mim tem um significado especial, foi o último jogo de 2013. Estou voltando aqui (à Arena Pernambuco) com o título.

Trocas de técnicos no Brasileiro
– A gente anda para trás. Em termos de organização e reajustar trabalhos, quando o problema acontece, o que está faltando, professor. É muito fácil pegar no colo... Enquanto o futebol fora de campo não ganhar um pouquinho mais de estabilidade, vai ser assim... Dê a nós condições e tempo de trabalho que todos nós vamos querer. É importante ter do lado da gente pessoas que dividam o trabalho. E o Corinthians tem sido exemplo disso.