27/11/2015 09:21
Marcado por gesto e por gols, Gabriel é arma do Corinthians na final sub-20
Com 15 gols, atacante ainda evita pensar em comemoração, mesmo bem próximo do título do Paulistão da categoria. Na Copinha, provocação causou polêmica
A história de Gabriel Vasconcelos no Corinthians ainda é curta, mas já conta com dois títulos, muitos gols e uma polêmica. Aos 19 anos, o atacante ficou marcado por comemorar um gol à la Cristian em janeiro, na semifinal da Copa São Paulo, em vitória por 3 a 0 contra o São Paulo. Após balançar a rede, fez gestos obscenos em direção à torcida adversária, como havia feito o volante no Paulistão de 2009.
Vice-artilheiro do Paulistão sub-20 com 15 gols, o garoto é uma das principais armas do técnico Osmar Loss para a final deste sábado, às 11h, na Arena Corinthians. Mesmo com um 4 a 0 no jogo de ida, na Vila Belmiro, o atacante nega já ter uma comemoração planejada para a decisão.
– Apesar de termos feito um primeiro jogo com placar elástico, tem mais 90 minutos. Vou pensar em comemoração depois que o juiz apitar. O foco está na partida.
Nascido em Porto Velho, em Rondônia, Gabriel saiu de casa aos 12 anos para atuar por uma equipe de empresários em Minas Gerais, chamada Amparense, deixando a família para trás. Com boas atuações, foi chamado para uma peneira no Fluminense. Aprovado, ficou no clube carioca dos 13 aos 18, acumulando passagens pelas seleções sub-15 e sub-17.
No fim de 2014, uma proposta do Corinthians o seduziu e ele foi incorporado ao grupo sub-20 que venceu o Brasileirão da categoria, disputado em Porto Alegre. Meses depois, sagrou-se campeão da Copa São Paulo de 2015, marcando oito gols e dividindo a artilharia com outros dois garotos: Victor, do São Caetano, e Isaac Prado, ex-Botafogo-SP e hoje parceiro de ataque de Gabriel no Timão.
O gesto na semifinal foi marcante. Entre críticas e elogios de torcedores, ele garante não ter recebido nenhum puxão de orelha da diretoria ou da comissão técnica. E não se arrepende.
– Foi uma coisa que marcou bastante para a torcida. Muita gente gostou, muita gente desaprovou. Mas numa semifinal de Copa São Paulo, a maior competição de base do Brasil, você fazer um gol em um clássico...Foi uma coisa que veio na cabeça e eu fiz. Qualquer comemoração em clássico é provocativa. Mas passou, o que acontece em campo, fica em campo e bola para frente – disse o jogador.
Meses depois, logo após a saída de Sheik e Guerrero, Gabriel passou dois meses treinando com o grupo profissional no CT Joaquim Grava. E pôde conhecer Cristian, o autor da provocação.
– Cristian é um cara que admiro, apesar do pouco contato, conheci ele nesse tempo que fiquei no profissional. É um cara fantástico, a carreira dele fala por si. Ídolo no Corinthians e na Turquia. Ele fez isso há alguns anos, depois eu repeti, mas foi mais coincidência. Os jogadores brincam comigo, tiram sarro, falam que fui polêmico, mas o Cristian diz que é isso mesmo, que é do futebol, que às vezes provocação é bom. Tenho amigos no São Paulo e respeito a todos.
Com contrato até 2018, Gabriel Vasconcelos tem 70% dos direitos econômicos ligados ao Timão. Do restante, 15% pertence à própria família e o restante ao Fluminense, seu ex-clube.
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