26/11/2015 16:07

Tite é único sobrevivente em Brasileiro com instabilidade inédita desde 2003

Campeão antecipado, só o Corinthians mantém o técnico desde o início da Série A deste ano; onda de troca de treinadores é maior da era dos pontos corridos

Tite é único sobrevivente em Brasileiro com instabilidade inédita desde 2003
Com lágrimas nos olhos, o técnico Levir Culpi anunciou na manhã desta quinta-feira a sua saída do Atlético-MG, vice-líder do Brasileiro. A boa campanha e a garantia de disputar a Libertadores no ano que vem não foram suficientes para manter o treinador neste fim de ano.

Invulnerável, mesmo, apenas o corintiano Tite. Campeão nacional com três rodadas de antecedência, ele é o único que não perdeu o emprego na primeira divisão desta temporada. Dos 20 clubes, 19 substituíram seus técnicos durante a competição – é a primeira vez que isso acontece desde 2003, quando foi instituída a fórmula dos pontos corridos. Uma instabilidade inédita até mesmo para o instável cenário do futebol brasileiro.

Apesar de estar na quarta posição e próximo de uma vaga na Libertadores de 2016, o São Paulo fez três trocas durante o torneio. Começou com Milton Cruz no banco, trouxe o colombiano Juan Carlos Osório, tirou Doriva da Ponte Preta, e terminará o ano novamente com Milton Cruz. Mais do que desempenho mediano do time, foi o caldeirão político do Morumbi que ajudou a ferver os treinadores que passaram por ali durante a temporada.

Só o Goiás, vice-lanterna, fez tantas trocas quanto os paulistas – ainda teve dois interinos, Augusto César e Wanderley Filho. Colega de zona de rebaixamento, o Avaí (17º) quase passou o campeonato todo sob o mesmo comando, mas Gilson Kleina resistiu apenas até a 34ª rodada.
Pentacampeão brasileiro (Palmeiras em 1993 e 1994, Corinthians em 1998, Santos em 2002 e Cruzeiro em 2003), Vanderlei Luxemburgo foi demitido duas vezes: primeiro do Flamengo, na terceira rodada, quando o time abria o Z-4, e depois do Cruzeiro, nas 21ª rodada, quando a equipe ocupava a 16º posição, empatado com o Goiás, então o 17º. Os fracassos o levaram a um exílio na China, onde treina o Tianjin Songjiang, da segunda divisão local.

Mesmo caminho fez Luiz Felipe Scolari após sair do Grêmio logo na segunda rodada. O técnico foi para o Guangzhou Evergrande e, na última semana, venceu a Liga dos Campeões da Ásia. O tricolor gaúcho também melhorou após a separação. Com Roger Machado, foi um dos candidatos ao título e já tem lugar praticamente garantido na Libertadores.

Outra substituição que deu resultado foi feita na Vila Belmiro. Campeão Paulista, Marcelo Fernandes levou o Santos à zona de rebaixamento no Brasileiro – foram quatro rodadas na 17ª posição. Dorival Júnior chegou, colocou a equipe no G-4 – hoje é o sexto, um ponto atrás do São Paulo –, e a um empate da conquista da Copa do Brasil.

A duas rodadas do fim do Brasileiro, parece improvável que mais alguém troque de time. O histórico, porém, não garante segurança a ninguém. Talvez, só a Tite.


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