O paraguaio Ángel Romero abriu um largo sorriso quando questionado se a contundente vitória do Barcelona sobre a Roma, também por 6 a 1, fazia lembrar a goleada histórica imposta pelo Corinthians ao São Paulo. “Lembrei, lembrei”, comentou o atacante, autor de dois gols no clássico de domingo, em Itaquera.

Logo em seguida, no entanto, Romero controlou o riso para ressaltar que as comparações entre as goleadas foram feitas pelos jogadores corintianos apenas internamente. “A gente brinca com isso, mas sempre respeitando o São Paulo. Foi um jogo muito especial para nós”, definiu.

Não poderia ser diferente. No mesmo dia em que levantou a taça de campeão brasileiro, o Corinthians emplacou a sua vitória mais elástica sobre o São Paulo com um time repleto de jogadores considerados reservas – como o próprio Romero – escalado por Tite. E o goleiro Cássio ainda defendeu um pênalti batido pelo atacante Alan Kardec.

“O São Paulo é um time muito forte, que está brigando pelo G4, mas a nossa equipe ficou ligada durante o jogo todo. Fomos muito bem. Muitos falaram que o Tite colocou os reservas, mas isso não existe no Corinthians. Todos podem jogar, e provamos isso no domingo”, orgulhou-se Romero, antes de reiterar que não tripudia (pelo menos publicamente) do rival. “A gente sempre respeita o adversário.”

Com essa postura, o Corinthians cessará as brincadeiras para se concentrar também em seus dois últimos compromissos no ano – contra o Sport, fora de casa, e Avaí, em Itaquera, nos próximos domingos. “O desejo do grupo é somar os pontos que ainda tem a disputar. Estamos concentrados para fechar bem a temporada e ficar não só na história do clube, mas do Campeonato Brasileiro”, ambicionou Romero.