Motivo de piada quando foi acionado para substituir Paolo Guerrero no comando de ataque do Corinthians, Ángel Romero não conseguiu se firmar e perdeu espaço. Mesmo assim, com os gols marcados na vitória por 6 a 1 sobre o São Paulo, igualou-se na artilharia àquele que foi ganhar mais dinheiro no Flamengo.
Incluído o lance no qual contou com a colaboração do tricolor Hudson, o paraguaio tem agora três caixas guardadas no Campeonato Brasileiro. É o mesmo número exibido pelo peruano, que esteve em campo 17 vezes, sete a mais do que o camisa 11 do time hexacampeão.
As coisas têm saído tão bem para o Corinthians que o contestado Romero foi o destaque no jogo das faixas – além dos dois gols, sofreu um pênalti e participou do belo tento de Lucca. Enquanto isso, ampliou-se a contestação a Guerrero após mais um jogo em branco.
O jejum do centroavante com a camisa do Flamengo completou três meses na última segunda-feira. No domingo, enquanto Romero fazia a festa em Itaquera, o rubro-negro recebia seu terceiro cartão amarelo, indisciplina frequente que tem irritado os dirigentes do clube que lhe paga muito bem.
“O Guerrero realmente está passando por um momento difícil. Tem ficado muito nervoso, levado muitos cartões. Estamos trabalhando ao máximo para que ele possa se adaptar ao clube. Queremos uma melhora e estamos insistindo”, afirmou o técnico Oswaldo de Oliveira.
Tite está mais satisfeito com Romero. E ainda mais com Vagner Love, que acabou ficando com o velho posto de Guerrero. Vice-artilheiro, o carioca marcou 13 vezes no Campeonato Brasileiro e foi decisivo para o Corinthians assegurar o título com três rodadas de antecedência.