O Corinthians garantiu o hexacampeonato brasileiro no empate por 1 a 1 com o Vasco, em São Januário, na noite desta quinta-feira, em São Januário, mas o troféu só será erguido na próxima partida, o clássico contra o São Paulo, domingo, às 17h, em Itaquera. O técnico Tite não quis saber de suspense já elegeu quem será o capitão.

– No domingo, será o cara que está há mais tempo dentro do clube: Ralf – revelou o treinador, no gramado de São Januário, com os olhos cheios de lágrimas. Tite costuma revezar os capitães. Por isso, havia dúvida sobre quem erguerá o troféu.

No Timão desde 2009, Ralf chegou a 350 jogos com a camisa do Corinthians diante do Vasco. Ele venceu dois Brasileiros (2011 e 2015), Libertadores, Mundial (ambos em 2012), um Paulistão (2013) e uma Recopa (2013). São seis conquistas, todas com Tite.

Ao longo da campanha, 11 jogadores iniciaram jogos com a faixa de capitão. Renato Augusto, em seis oportunidades, foi o maior dono dela. Depois dele, aparecem Gil (cinco jogos), Cássio (cinco), Elias (cinco), Jadson (quatro), Fagner (três), Ralf (três), além de Vagner Love, Danilo e Edu Dracena, com um jogo cada. Fábio Santos, hoje no México, também usou uma vez.

Time com melhor campanha dentro e fora de casa, dono do melhor ataque e da melhor defesa, o Corinthians ostenta números incríveis na competição. O que empolga o técnico gaúcho.

– Eles associaram e lamberam as feridas, pois durante o ano foi cruel a nossa saída do Paulista, pela bola que estava jogando. Cruel. O Brasileiro é um campeonato de regularidade tão difícil. Inicia o campeonato com dez ou doze equipes que podem ser campeãs, e a nossa equipe bate campeã. Nível de desempenho que eles mantiveram tem um detalhe emblemático: muda a peça, mantém o padrão, muda a peça, mantém o padrão. E eles (elenco) se respeitando – analisou.

Tite fez questão de dedicar a conquista à esposa, Rose. Segundo relato do treinador, foi ela quem lhe deu forças no momento mais difícil do campeonato, quando o elenco teve perdas de peças significativas, como Emerson Sheik, Paolo Guerrero, Petros e Fábio Santos.

– Minha esposa merece esse título. Ela merece. Estávamos naquele momento de saída de gente, resultado negativo, fui para casa sentido, e ela foi a primeira pessoa que disse assim: levanta a cabeça, dá força, o time é bom. Não sei se foi “feeling”, premonição, amor por mim, se foi para me dar força, mas ela acertou. Disse para eu trabalhar porque eles precisavam de mim também. Rose, eu te amo, esse título é para você também – afirmou ele.

RODÍZIO DE CAPITÃES

O rodízio de capitães é promovido por Tite desde 2012. Mesmo assim, sempre um jogador foi o escolhido pela comissão técnica para representar o elenco no momento mais importante da conquista. O ex-lateral-direito Alessandro, que em 2011 ergueu o troféu do Brasileirão ao lado de Chicão, foi o único responsável pelo gesto na Libertadores e no Mundial de 2012, repetindo depois no Paulistão de 2013. No mesmo ano, Danilo foi o capitão na Recopa Sul-Americana.