Gadeia marcou o primeiro gol do Orlândia
Os bigodes por fazer de boa parte do elenco orlandino na semifinal da Liga, contra o Corinthians, não foi uma superstição ou provocação aos rivais alvinegros, eliminados pela quarta vez consecutiva nesta mesma fase da competição nacional, após os empates em 3 a 3 no tempo normal e 0 a 0 na prorrogação - com melhor campanha, time do interior paulista tinha vantagem de dois empates -, nesta segunda-feira, no ginásio do Centro Olímpico, em Uberaba.
Após a partida, o técnico Cidão, emocionado, comentou o gesto de jogadores como Gadeia, Ciço, Renan e Jackson, que entraram em quadra com o bigode para reforçar a campanha "Novembro azul", de combate e prevenção ao câncer de próstata, e homenagear o pai do comandante grená, Líbero da Silva, que faleceu em 2014, justamente por ignorar as orientações médicas.
- A morte do meu pai foi algo muito triste porque ele viveu um tempo em que o exame era cercado de preconceitos. Ele sentia dores e não falava, justamente por causa de preconceito. Quando fomos ver, era tarde demais - comentou o treinador, que enfrenta o Carlos Barbosa na decisão da Liga Futsal 2015.
Renan, ala do Orlândia, também atuou de bigode
A dor e a perda foram tão grandes que o próprio Cidão passou a encarar a situação de outra maneira. De acordo com o técnico do Orlândia, foi a morte do pai que o fez procurar um médico pela primeira vez.
- Eu também tinha esse preconceito. Precisei perder meu pai para fazer minhas consultas. É uma questão de saúde, que não tem nada a ver com sexualidade, gênero, preconceitos - disse Cidão.