5/11/2015 08:33
Corinthians seria tão redondo com Sheik e Guerrero? Blogueiros opinam
Quando anunciadas as saídas de Paolo Guerrero e Emerson Sheik, o corintiano sofreu. Era comum ver torcedores lamentarem e terem medo da repetição de capítulos como a eliminação no Paulista, para o Palmeiras, e na Libertadores, para o Guaraní.
Graças a Tite, no entanto, o Corinthians caminha a passos largos para comemorar o hexacampeonato. Esse é o ponto comum na opinião dos blogueiros do UOL.
Juca Kfouri, por exemplo, imagina que com Guerrero e Sheik o time de Tite faria ainda menos gols e faria mais faltas. Menon lembra a difícil adaptação dos atletas ao novo esquema.
Confira as opiniões de cada blogueiro:
JUCA KFOURI
Agora que está acabando e deu tudo certo é fácil falar que com Sheik e Guerrero o Corinthians marcaria muito menos a saída de bola de seus adversários e teria muito mais cartões amarelos e vermelhos. Que, por incrível que pareça, com eles o Corinthians provavelmente faria menos gols do que fez no campeonato.
Quando eles saíram, no entanto, o que se esperava era um Corinthians, no máximo, no bloco intermediário. Méritos para quem trocou os pneus com o carro andando. Méritos para Tite.
RICARDO PERRONE
Difícil responder porque no final dependeria também do desempenho individual dos jogadores. Na minha opinião Sheik e Malcolm se equivalem. Ambos alternaram momentos bons e ruins com a camisa do Corinthians. Guerrero é mais jogador que Love, mas hoje vive má fase. Se estivesse agora no alvinegro teria o mesmo desempenho que tem pelo Flamengo ou seria o Guerrero do começo de 2015?
Não dá para saber. Love, por sua vez, evoluiu muito. Seu empenho na marcação é admirável. No final das contas, acho que Tite levaria o time ao desempenho muito próximo do atual. Por isso, fico em cima do muro. Acho que não mudaria muito.
LUIS AUGUSTO SIMON, O MENON
Antes da comparação Sheik/Guerrero com Malcon/Love é preciso lembrar o breve período com Luciano, que antecedeu Love. Foi o momento de maior diferença tática, embora pequena. Luciano sai da área e se movimenta mais que Love e Guerrero. Pode-se dizer que o time chegava algumas vezes, alguns momentos do jogo a um 4-1-5-0.
Com sua contusão, entrou Love. E o 4-1-4-1 voltou a ser predominante. O time sofreu um pouco porque Love vinha de uma liga pouco competitiva e não tinha força física para encarar zagueiros na velocidade e no contato. A diferença então passou a ser técnica. Guerrero é mais jogador que Love, mas estava abaixo de seu melhor momento quando saiu. Irritadiço, foi expulso algumas vezes. Muitos amarelos.
Sheik, que é destro, entrava em diagonal e se juntava a Guerrero. Malcon, não. Outra diferença entre eles é que Malcon é melhor nas finalizações e tem mais gás, melhor condição física. Sheik é um ídolo, mas está em decadência - lenta, gradual e segura - desde o final de 2012. O time demorou para se ajustar porque Tite "trocou pneus durante a corrida". E um pneu escolhido - Luciano - estourou. Hoje, acho que a tendência é que renda mais que antigamente.
VITOR BIRNER
Malcom participa bastante da marcação. Tite, por isso, tem facilidade para implementar o 4-1-4-1 e contar com Elias, um dos pilares do título junto de Jadson e Renato Augusto, constantemente no sistema ofensivo. Emerson Sheik não aguenta manter tanta intensidade na sua função defensiva. Forçaria o volante a ficar mais atento na marcação, o que provavelmente alteraria o posicionamento para o 4-2-3-1.
(Com Guerrero e Sheik) Renato Augusto teria que correr muitas vezes atrás do lateral, função que cabe ao Malcom. Ficaria mais desgastado, chegaria com menos qualidade na meia e Jadson cairia um pouco de produção porque seus marcadores não precisariam, em certos momentos, dividir a atenção entre ele e o atleta convocado da seleção. Seria mais difícil formar o quarteto entre Ralf e o centroavante. Creio que o atacante rodado, mais eficaz com a bola que o hoje titular, ficaria na reserva. Duvido que Tite privilegiaria o individualismo em detrimento ao coletivo.
Seguindo a linha de raciocínio [Emerson Sheik não seria titular], acho que melhor. O peruano provavelmente conseguiria igualar a dinâmica de jogo de Vagner Love, isso garantiria desempenho similar do meio de campo, e teria aproveitamento nas finalizações superior ao do atual jogador do clube.
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