Tite não esconde que passagem pelo Atlético-MG foi o seu pior trabalho como técnico

Tite ganhou tudo o que um técnico no futebol brasileiro pode vencer. Conquistou estaduais, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Copa Libertadores, Copa Sul-Americana e a Copa do Mundo de Clubes da Fifa. Glórias que fazem do treinador do Corinthians o principal nome da categoria entre os profissionais em ação no país.

Perto de conquistar o Brasileirão mais uma vez, na visão mais otimista o título pode vir diante do Coritiba, no próximo final de semana, Tite carrega uma mágoa na carreira. Algo que envolve o Atlético-MG, o adversário deste domingo e o rival na briga pelo Brasileirão 2015. Há dez anos, já rodando entre os grandes clubes brasileiros, mas sem o prestígio que tantos títulos e bons trabalhos lhe deram, Tite foi parar na Cidade do Galo e ele não esconde que foi o pior trabalho que teve até hoje.

A passagem pelo Atlético está marcada, mas longe de como o treinador gostaria. Tite fez parte da campanha que rebaixou o clube mineiro à Série B. Foram apenas três vitórias em 17 jogos, dos 42 que eram disputados na época. "Faltou um conjunto todo de trabalho. Faltou do técnico também. Mas não trago a responsabilidade total, ela é dividida", contou Tite à Rádio CBN, em 2012, logo depois de ser derrotado pelo Atlético no Independência.

Certamente entre os maiores técnicos na história corintiana, Tite sabe que no Atlético a situação é bem diferente. Mesmo dez anos depois da queda o treinador é cobrado por alguns torcedores. Embora muitos reconheçam que o momento do clube não ajudava em nada. E Tite teve a chance de reescrever sua relação com o Atlético.

Em dezembro de 2013, tão logo que deixou o Corinthians, o treinador recebeu um convite de Alexandre Kalil. O então presidente atleticano queria o técnico campeão do mundo no ano anterior, já que Cuca estava de malas prontas para a China, logo depois de fracassar no Mundial disputado no Marrocos.

Com a recusa de Tite, o Atlético contratou Paulo Autuori. Porém, o treinador corintiano não descarta um retorno à Cidade do Galo. "Existe um carinho, um respeito. É gratidão, não é dívida", completou Tite, que pode ser vilão do Atlético mais uma vez.

Depois de participar do rebaixamento e dizer não ao time que era campeão da Copa Libertadores, o técnico reencontra o Atlético que busca quebrar um jejum de quase 44 anos. O clube mineiro não conquista o Brasileiro desde 1971 e faz uma campanha em que seria líder em algumas edições recentes. Mas para azar do atleticano, Tite cruzou o caminho do Atlético mais uma vez. De novo alguém vai ter um triste.