Cabreúva disse que 'futebol está chato' e que sente saudades de jogadores como Viola

Nos últimos anos, Corinthians e Intelli/Orlândia protagonizam uma das maiores - se não a maior - rivalidades do futsal brasileiro. Os clubes se enfrentaram nas três últimas semifinais da liga nacional, com o time do interior paulista levando a melhor em todas. Um novo encontro está marcado para este sábado, às 21h30, no Parque São Jorge, pelo jogo de ida das semifinais.

Há menos de um mês, foi a vez da equipe alvinegra levar a melhor e conquistar o título da Liga Paulista. O problema é que, além de confusões dentro das quatro linhas, o duelo extrapolou para a violência fora das quadras.

O ala Cabreúva, de Orlândia, marcou um gol para Orlândia no tempo normal e comemorou dizendo "aqui não", uma referência de que o time do interior era imbatível em seu ginásio. Na prorrogação, contudo, o Corinthians venceu por 1 a 0, e, após o apito final, os jogadores responderam com a mesma comemoração, dizendo "aqui sim." Foi o bastante para causar um tumulto entre os elencos e para que Cabreúva fosse ameaçado por torcedores corintianos.

Apesar de não falar sobre o assunto, o jogador e fontes da equipe de Orlândia confirmam as ameaças. Conhecido por sua habilidade e irreverência, Cabreúva se defendeu e ressaltou que faria a comemoração novamente.

"O futsal e o futebol estão ficando chatos por causa de besteiras como essa. Não podemos fazer mais nada que já vira bafafá. Saudade do Viola comemorando igual um porco. Coisas assim que hoje não tem mais. Sobre a comemoração, eu faria sim", afirmou o ala, que é irmão do lateral Cicinho, ex-Palmeiras e Santo André, que está atualmente no Bahia.

Pelo fato de ter sido eliminado cinco vezes seguidas nas semifinais e por nunca ter conquistado a competição, o Corinthians vai para o jogo mais pressionado. Por conta da falta de capacidade exigida no ginásio de Orlândia, a partida de volta será realizada em Uberaba, no dia 16 de novembro, às 19h.

"Nosso time gosta de jogos decisivos e sabe jogar contra eles. Eu acho que nosso time aprendeu a lidar com o fator torcida que eles têm, que todo mundo sabe que é muito forte. A pressão é muito grande para eles e temos que saber usar isso ao nosso favor", finalizou Cabreúva.