Se Paolo Guerrero tinha alguma esperança de ser homenageado pelo Corinthians no primeiro encontro com o clube após sua transferência para o Flamengo, já pode esquecê-la. Presidente do Timão e responsável pelas negociações de renovação que se frustraram no meio do ano, Roberto de Andrade disse que, se estivesse nas arquibancadas de Itaquera, mandaria vaias ao peruano, autor do gol que deu o título mundial ao clube em 2012.

– Primeiro que a gente tem de entender que não será um jogo contra o Guerrero, mas contra o Flamengo. Agora, se eu me colocasse no lugar do torcedor na arquibancada, eu vaiaria também. Torcedor só vê um lado, não consegue enxergar o lado do atleta ou de qualquer funcionário que tem o direito de mudar de empresa. Entende que o ídolo largou o Corinthians. Sabemos que ele não vai ser aplaudido de forma nenhuma, mas não muda nada. Enquanto esteve conosco, cumpriu seu trabalho e não deu problema. Todos sabem que foi embora por questões financeiras e não por outro motivo – disse o dirigente alvinegro.

Contratado em 2012 com um vínculo de três temporadas, Guerrero caiu nas graças da Fiel no Mundial daquele ano, ao marcar o gol do título, diante do Chelsea, e, posteriormente, tornou-se um jogador fundamental nos esquemas tanto de Tite como de Mano Menezes. Durante as conversas para renovar o seu vínculo, pediu luvas de R$ 18 milhões, além dos salários de R$ 500 mil. Irredutível, foi jogar pelo Flamengo.

Goleiro do Timão e também apontado como herói a conquista do mundo há três anos, Cássio disse acreditar que a recepção não será positiva.
– Acho que vai ser vaiado, né? Cobrado, mas nada de anormal pela maneira como saiu do clube. Nós não temos de nos importar com isso. Será um jogo difícil, um clássico, e estamos focados em fazer o nosso trabalho apenas – garantiu.

Também ex-jogador do Corinthians, Emerson Sheik não estará presente na partida deste domingo, às 17h, na arena. Suspenso pelo STJD por dois jogos, o autor dos gols da final da Taça Libertadores de 2012 perderá a partida.