Criador do Projeto de Lei 62/2015, o vereador Toninho Paiva, do PR, acredita que o prefeito Fernando Haddad, do PT, irá aprovar a venda de cerveja nos estádios da cidade de São Paulo. A proposta foi aprovada em primeira votação na Câmara Municipal, nesta quarta-feira, e ainda precisará passar por nova votação antes de chegar às mãos do alcaide.
Com a decisão favorável, torcedores de Corinthians, Palmeiras e São Paulo seriam os maiores beneficiados, já que a medida seria municipal e não incluiria a Vila Belmiro, casa do Peixe, localizada na cidade de Santos. O próprio político fala em ganho financeiro aos clubes paulistas com a medida. Toninho espera sensibiliade de Haddad para sancionar o projeto. Segundo o vereador, errado é o que aconcete do lado de fora das arenas, quando ambulantes vendem livremente todo o tipo de álcool aos torcedores.

- Nos bons tempos do futebol, tinha cerveja. Vários estados estão liberando. Não há nada de preocupante, porque é só cerveja. Clubes têm dificuldades financeiras em suas arenas, isso pode ajudar a arrecadar mais verba. Vender pinga, vodka e outras coisas na porta pode? É melhor algo legal do que ilegal. Não vejo como ele (Fernando Hadddad) pode vetar isso aí. Ele é uma pessoal sensível, tem coragem - disse o vereador ao LANCE!.

A venda de cerveja nas praças esportivas já foi aprovada em outros estados do país. Em São Paulo, inicialmente, seria apenas municipal, algo que Toninho Paiva garante que tentará mudar depois de ter o projeto aprovado. Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte, Espírito Santos e Goiás já vendem a bebida em seus estádios. Em Minas, porém, a venda está vetada nos jogos do Atlético-MG no Independência, já que o clube afirmou não ser capaz de controlar a comercialização corretamente.

- São Paulo é o espelho para o país. Não podemos ficar para trás. Não podemos ficar na rabeira de ninguém. Tem tanta propaganada na televisão de cerveja, as empresas desse ramo dão suporte aos clubes. Se o torcedor não misturar outras bebidas, não tem problema, é só cerveja, não fica alterado, precisa beber mais de meia dúzia para ficar alterado. Não vejo problemas. As Olímpiadas estão aí - completou, lembrando da Copa América e Copa do Mundo, período em que a cerveja foi muito consimuda nos estádios.

No entanto, caso seja aprovada, a medida seguirá critérios rigidos, conforme descrito no próprio Projeto de Lei. A venda deverá acontecer somente nos bares, lanchonetes, camarotes e áreas VIP dos estádios, o que poderia impedir o negócio nas arquibancadas e cadeiras. O tempo para comercialização é antes do início do jogo, durante o intervalo e após o fim. Além disso, a cerveja não poderia ser colocada em nehum recipiente que possa trazer risco à segurança depois findado o consumo.