As polêmicas sobre erros de arbitragem na reta final do primeiro turno do Campeonato Brasileiro poderiam ter ganho mais um capítulo no início de noite desta terça-feira. Graças à "educação" do técnico Tite, no entanto, o assunto não foi muito repercutido no centro de treinamento do Corinthians, um dos principais alvos de reclamações de outros clubes.

– Tem uma coisa que eu não faço e que me irrita muito, é ficar dando pio e jogar dando letra, não fui educado dessa forma, por isso quero ser sincero e externar o que é meu sentimento e meu trabalho. Tenho que ser disciplinado na minha conduta, um jogo abri demais os braços e um árbitro mineiro chegou na beira do campo e falou "por favor, me deixa trabalhar". Eu pedi desculpa e fiquei quieto – comentou o comandante alvinegro, em entrevista concedida no CT Joaquim Grava.

Ao término da primeira metade do Brasileirão, alguns lances (ao menos dois deles envolvendo diretamente o Corinthians) levantaram polêmicas. Pela 17ª rodada, no clássico contra o São Paulo, a bola bateu no braço de Uendel dentro da área corintiana, e o árbitro Leandro Pedro Vuaden (RS) não sinalizou pênalti. Na 18ª, o lateral Matheus Ferraz, do Sport, viu a bola bater em seu braço, e o juiz Luiz Flávio de Oliveira (SP) marcou pênalti a favor do Timão. O Avaí teve um gol legal anulado contra os paulistas no fim do jogo do último domingo.

Em meio a reclamações de diversos clubes e jogadores, uma foi explicitamente direcionada ao Timão. No último domingo, o presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, afirmou que "nesta rodada, tudo conspirou para a liderança do Corinthians".

– Vou me preocupar com o que é da minha responsabilidade, não vou dar pio nenhum sobre o que não é da minha atribuição. Vou contribuir tal qual os atletas em termos de competitividade leal – declarou Tite, antes de afirmar que não gostaria mais de ser perguntado sobre o tema "arbitragem".