A reclamação da diretoria do Flamengo, insatisfeita com a arbitragem de Igor Junio Benevenuto, na derrota para o Palmeiras, por 4 a 2, neste domingo, no Allianz Parque, em São Paulo, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, em parte procede. Esta é a opinião do ex-árbitro e especialista do LANCE! no assunto, José Roberto Wright. Os rubro-negros reclamam de duas penalidades não assinaladas pelo juiz, uma sobre Pará e outra sobre Paolo Guerrero. No entanto, segundo Wright, a reclamação do centroavante peruano não procede.

- Na partida do Flamengo contra o Palmeiras, no primeiro lance reclamado, houve pênalti no Pará. Ele foi derrubado pelo zagueiro palmeirense e a falta deveria ter sido marcada. No segundo, o Guerrero se jogou e deveria ter sido advertido com o cartão amarelo - disse Wright.

Devido aos erros constantes em seus jogos no Campeonato Brasileiro, o Flamengo entrará com uma representação na CBF, ainda nesta segunda-feira, conforme informou o presidente Eduardo Bandeira de Mello.

Na rodada deste fim de semana, em outras duas partidas aconteceram erros que causaram muitas reclamações contra os árbitros. Na derrota para o Corinthians, em casa, o Avaí reclama de um gol mal anulado pelo árbitro Anderson Daronco (RS), após impedimento assinalado pela assistente Nadine Scharamm Camara Bastos (SC). Em Chapecó, no triunfo da Chapecoense sobre o Atlético-MG, os mineiros também reclamaram da arbitragem, fato que já havia acontecido na derrota para o Grêmio, na rodada anterior.

Para Wright, eleito pela IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol), o melhor árbitro da Copa do Mundo de 1990, apesar das criticas a Comissão de arbitragem da CBF faz um bom trabalho e dá condições aos árbitros de fazerem um bom trabalho. No entanto, o ex-árbitro afirma que é preciso dar mais liberdade para que cada um deles possa interpretar e aplicar a regra de acordo com cada partida. Ainda segundo ele, é preciso que os árbitros não sejam tão pressionados para que possam ter um desempenho melhor.

- A arbitragem está ficando aquém daquilo que é pedido, principalmente por esta tentativa de padronização da regra. É preciso mais liberdade para o árbitro interprete os lances. Para o segundo, se insto continuar, a tendência é que os erros persistam e talvez até aumentem. O árbitro tem que ter personalidade também e não se deixar influenciar por estes fatores. Os árbitros, na minha opinião, são bem preparados, o que não pode acontecer é esta padronização da interpretação da regra. Não pode existir este padrão de comportamente. Eles têm de entenderem e interpretar a regra. Apenas isso - afirmou.