Fagner no Parque São Jorge, no 'ex-Terrão' (Foto:Ari Ferreira/LANCE!Press)


Na próxima quinta-feira, o técnico Dunga divulgará a lista de convocados da Seleção Brasileira para os amistosos contra Costa Rica e Estados Unidos, em setembro. Em alta no Corinthians e um dos destaques do Brasileirão, o lateral-direito Fagner admite expectativa de tornar o sonho uma realidade.

- Por estar em uma vitrine tão boa como o Corinthians, torna isso (convocação) mais próximo de uma realidade. Mas uma coisa que tenho na cabeça, quando falo que é um sonho, é que não posso deixar esse sonho atrapalhar meu dia a dia no clube. Se deixar o trabalho no Corinthians, se deixar de ajudar a equipe vencer, pensando em algo que não tenho, isso vai me atrapalhar e nunca vou alcançar. O objetivo tem de ser secundário. Tenho de continuar nesse ritmo bom, a gente ganhar jogos, títulos e, se isso acontecer, vai ser realização de um sonho e pode virar realidade - afirmou o camisa 23, em entrevista ao LANCE!.

Fagner tem sido um dos mais regulares do Timão desde ao ano passado. Em 2014, com Mano Menezes, ele mostrou notável evolução e terminou a temporada em alta, sendo o segundo com mais partidas (54), atrás apenas de Gil (56). Já em 2015, ele manteve-se titular com Tite e disputou 36 jogos em 47 possíveis.

Para se consolidar como "selecionável" e assumir a posição com Dunga no fim deste ano e a partir de 2016, ele espera coroar seu bom momento com títulos no Timão.

- O título é o marco dentro do clube. Para o atleta, indivualmente. Para deixar a história em um clube, você tem de ser campeão. Você para e lembra que foi campeão, fez história... Isso é uma coisa muito gostosa de vivenciar. Se isso ajuda na Seleção? Quando o clube está bem, brigando lá em cima, em um Brasileiro que tem alto nível, isso ajuda em critérios. Vão pensar: "O cara joga no Corinthians, já é uma pressão muito grande. Ele sabe suportar a pressão em decisão, consegue render, tem frieza, faz o jogo difícil ser fácil..." Isso pode contar bastante para ser cotado para a Seleção - analisa.

Como exemplo de jogo grande, para mostrar que lida com a pressão, o jogador corintiano terá pela frente o rival São Paulo, em clássico deste domingo, no Morumbi, pelo Brasileirão.

- Por serem dois times da mesma cidade, dois clubes grandes, gera uma expectativa e cobrança grande. Se perde o jogo está tudo ruim? Não, não está. Se perde um clássico, é normal, natural, tudo pode acontecer. Quando perdemos para o Palmeiras, todo mundo falou que estávamos em crise. Crise nunca existiu. Desconfiança no grupo nunca existiu. A equipe se reegueu e voltou a jogar bem. O maior segredo é ir na casa do São Paulo, repetir o padrão, criar situações e não sofrer riscos atrás. Se a gente conseguir fazer nosso jogo, a gente tem chance de ir lá para fazer um bom jogo para vencer - ressalta Fagner.