O goleiro Cássio, do Corinthians, tem seis vitórias, quatro empates e quatro derrotas em 14 clássicos disputados contra o São Paulo. A vantagem não é tão grande. Mas os dois pênaltis batidos por Rogério Ceni que ele defendeu transformaram o goleiro em uma das armas do Timão para o clássico deste domingo, às 16h, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. Para o “gigante”, um rendimento que não tem nada a ver com sorte.

– Sorte, não. É trabalho. Fui feliz nos pênaltis, defendi o último também. Mas isso é em prol do grupo. Não temos de ter vaidade ou ficar bravinho porque outro vai jogar bem. É um grupo. O conjunto faz a diferença porque o Brasileirão é longo – afirmou.

Com 1,96m, Cássio passou a ser uma verdadeira parede nas cobranças de pênaltis do capitão são-paulino. Ele pegou a primeira no dia 13 de outubro de 2013, no Morumbi, pelo Brasileirão. Nos acréscimos, defendeu a batida do goleiro e garantiu o empate por 0 a 0.Em 8 de março de 2015, Cássio repetiu o feito, em partida válida pelo Campeonato Paulista. O goleiro desviou com os pés o chute, aos 11 minutos do segundo tempo, e assegurou o triunfo alvinegro por 1 a 0, ainda pela fase de classificação do estadual. Com duas defesas, o camisa 12 do Timão acredita que Ceni pode estar pressionado.

– Pode ser (que esteja sob pressão), pelo fato de eu ter defendido os dois últimos. Mas o Rogério é um cara experiente, bem rodado e sabe lidar com isso – ressaltou Cássio.

Desde que Cássio assumiu a vaga de titular, o Corinthians ainda não sofreu gols de Rogério Ceni. O último saiu em 27 de março de 2011, lance em que o goleiro rival completou seu centésimo gol, em duelo na Arena Barueri. Na ocasião, Julio Cesar defendia a meta alvinegra.

Cássio promete estudar novamente as batidas do capitão adversário com a ajuda do CIFUT (Centro de Inteligência do Futebol do Corinthians). Ele receberá por celular vídeos das cobranças para poder analisá-las.
– Ainda não estudei. Vamos receber (o material) no decorrer da semana – contou.