13/7/2015 07:39

Jogo a Jogo: representantes do G-4 transformam a vitória em rotina

Atlético-MG, Fluminense, Corinthians e Grêmio apresentam futebol consistente e números positivos nas últimas partidas - ganharam quase todas

Jogo a Jogo: representantes do G-4 transformam a vitória em rotina
É até fácil eleger quem está em melhor fase no Campeonato Brasileiro. É só olhar a tabela. O Atlético-MG lidera isoladamente e jogando o melhor futebol. Mas a diferença dos mineiros para os seus três acompanhantes de G-4 é pouca. É difícil lembrar de outro momento na história do Brasileirão em que tantas equipes emendaram uma sequência tão positiva. O Galo tem seis vitórias seguidas. O Fluminense venceu cinco de seus últimos seis jogos. O Corinthians tem quatro triunfos nas últimas cinco rodadas. E o Grêmio soma seis vitórias nas últimas sete partidas.

Os quatro continuam sendo destaques e são seguidos de perto de Sport, São Paulo – que bateu o recorde de público do Galo – e Palmeiras, que poderia entrar na lista dessas equipes que impressionam pela boa fase. O Verdão esteve perto de sua quinta vitória seguida. Será interessante acompanhar até quando durará o fôlego dos líderes.

Grêmio x Vasco

O jogo em 140 caracteres
Roger saiu de campo após a partida ovacionado pelos mais de 34 mil torcedores presentes na Arena do Grêmio.

A última vez que o Vasco venceu o Grêmio em Porto Alegre foi no dia 7 de maio de 2006. De lá para cá são quatro triunfos gremistas e dois empates.

Ausente na derrota contra a Chapecoense, Walace voltou e manteve o bom nível. Foi o líder de roubadas de bola, com sete.


O GRÊMIO mostrou que a derrota para a Chapecoense não foi um desastre. Venceu o Vasco com a marca de Roger. Toques e transição rápida, sem desperdiçar os espaços cedidos, e com destaques individuais. Foi mais uma brilhante noite dos garotos Luan e Walace. O atacante foi, ao lado de Pedro Rocha, quem mais finalizou. Impressionou novamente por sua presença em vários setores do campo. O volante, que desfalcou o time em Chapecó, mostrou sua importância na marcação e nos passes. O Tricolor foi intenso, com muitas trocas de posições no meio. Roger foi capaz de deixar Douglas aceso, o que parecia impossível após o sonolento ano que teve no Vasco. Tudo bem que o primeiro gol surgiu em um lance de sorte, mas somente após muita insistência – e certa paciência – do time. E o segundo veio com o pensamento rápido de Giuliano ao dar bola precisa para Pedro Rocha. Não é apenas uma boa fase. O Grêmio tem uma cara.


Foram 19 finalizações do Grêmio na partida, e, a cada bola que chegava à área cruz-maltina, era um desespero para o torcedor do VASCO. O goleiro Charles está longe de passar segurança, seja em suas saídas atabalhoadas, seja em qualquer tentativa de defesa. Somado a isso, junta-se o fato de que o time vascaíno foi pouco – ou nada – agressivo. Esperou pelas ações do time adversário e não apresentou uma proposta ofensiva. Em outras palavras, jogou como um time pequeno. Mas não é. Com um goleiro pouco seguro, a tática é quase um suicídio. A defesa já é a mais vazada da competição, com 21 gols tomados – mesmo número do Santos. É duro exigir que o Vasco seja incisivo, mas, que tem elenco para fazer mais, tem. Contra o Grêmio, a dupla Riascos e Dagoberto não deu um chute a gol sequer. Foram substituídos. O time até marcou bem, mas não conseguiu manter o nível durante toda a partida.



O jogo em 140 caracteres
A última vitória do Santos por mais de um gol de diferença havia sido no Paulistão, no dia 12 de abril: 3 a 0 sobre o XV de Piracicaba.

O Figueirense teve a pior queda na tabela do Brasileirão nesta rodada: caiu três posições, da 11ª para a 14ª.

Com exceção do Joinville, que disputa o Brasileirão por pontos corridos pela 1ª vez, o Santos é o time há mais tempo sem aparecer no G-4.


A vitória por 3 a 0 contra o Figueirense trouxe boas notícias ao SANTOS: a quebra da sequência de quatro derrotas e a prova de que nem sempre o time precisa dos gols de Ricardo Oliveira. Antes do jogo, o artilheiro tinha mais da metade dos gols santista. A equipe foi diferente na estreia de Dorival Júnior. Não que fosse difícil mudar de postura após o vexame contra o Goiás. A entrada de Paulo Ricardo deixou o meio com mais força de marcação. No início, a defesa, principal problema do time no campeonato, ficou mais segura, mas aquela sonolência do restante do time seguia. Até Lucas Lima acordar. Ele bateu o escanteio que originou o gol de David Braz e fez o segundo. O que importa é que o torcedor santista finalmente viu o que seu time pode fazer no campeonato. O que o elenco do Peixe tem a dar. Gabriel e Geuvânio mais participativos, marcação mais atenta, um time mais homogêneo. Dorival agora precisa provar que não é apenas um técnico de boas arrancadas.


O torcedor do FIGUEIRENSE vê seu time levar cinco gols, não fazer nenhum e perder dois jogos seguidos. O que ele pensa? Que saudades de Clayton. O time sente muito a falta do garoto, que defende o Brasil nos Jogos Pan-Americanos. Com ele se foram também a velocidade e as melhores jogadas de ataque do Figueira. Não deu nem para dizer que o time foi impreciso na frente, como contra o Joinville, porque as chances criadas contra o Santos foram raras. Somente duas, na cabeça do reserva Marcão, que entrou quando o Peixe já vencia por 3 a 0 e apenas esperava o fim da partida. O time de Argel foi dominado completamente. Deu espaços e foi inexistente no ataque. Foram apenas cinco finalizações contra 14 do Santos e um escanteio em todos os 90 minutos. Pelo visto, o Pan vai ser longo para o torcedor do Figueirense.



O jogo em 140 caracteres
Foi só a segunda vitória do Galo diante da Ponte em Campinas. Antes, a Macaca havia vencido quatro vezes, e houve seis empates.

O Atlético-MG não vencia seis seguidas pelo Brasileiro desde 2012, quando obteve uma sequência de sete vitórias na competição.

O zagueiro Pablo novamente foi destaque na Ponte Preta. Teve 10 desarmes, maior índice da partida.


Renato Cajá já estava pensando no que botar na mala para os Emirados Árabes e só esteve de passagem pelo Moisés Lucarelli contra o Atlético-MG. E isso influenciou muito na atuação da PONTE PRETA. O time não tinha a profundidade que um ataque veloz pede. Biro Biro e Felipe Azevedo participaram muito pouco do jogo. Cajá não os abastecia nem ajudava na bola parada, uma de suas armas. O ex-atacante do Fluminense até tentou algumas vezes, mas com finalizações pouco efetivas. O time esteve bem posicionado e marcou bem. Pablo novamente fez o que pôde lá atrás. Mas a equipe foi nula ofensivamente. Renato Cajá tem sido o termômetro da Macaca no campeonato. Com sua saída, a equipe fica com poucas perspectivas. Não que o meia ainda estivesse em boa fase, mas a Ponte terá que se adaptar. Seja com a entrada de Felipe, ex-Atlético-PR, seja com uma mudança de identidade. Mais rapidez e intensidade, menos cadência. Ao torcedor, resta ter paciência.


O ATLÉTICO-MG jogou com sua terceira opção para a lateral direita, sem Dátolo, com Luan no banco de reservas e teve como melhor jogador o meia Giovanni Augusto, que nos últimos anos rodou o Brasil emprestado. A vitória contra a Ponte Preta mostra, mais uma vez, que o Galo tem elenco para seguir na ponta. Foi mais uma partida impecável do time mineiro, dentro de sua praticidade. A equipe não se permite desperdiçar um ataque. A impressão que se tem é que o time só avança se for para criar uma real oportunidade de gol. A sexta vitória seguida veio com naturalidade, apesar de o adversário ter atuado até bem. O Galo está tão encaixado que para o duelo com o Corinthians talvez seja melhor deixar Dátolo e Luan como opções. Quem vai sair para que eles voltem ao time? Com Leandro Donizete e Rafael Carioca, a equipe ganhou muito em marcação e ainda não perdeu seu poder ofensivo. Melhor deixá-los como coringas. E somente um candidatíssimo ao título pode se dar ao luxo de ter Dátolo e Luan entre os reservas.



O jogo em 140 caracteres
A partida no Morumbi teve o melhor público do campeonato até agora: 58.482 pagantes e renda de R$ 1.333.055.

Um terço das finalizações do São Paulo saiu dos pés de Pato: cinco de 15 feitas pelo Tricolor na partida.

É a nona rodada do Coritiba no Z-4, onde ficará pelo menos mais uma. Tem quatro pontos a menos que o Goiás, primeiro fora da zona.


Se Aidar pirasse e demitisse Osorio neste momento, ou se o treinador colombiano recebesse uma oferta irrecusável e deixasse o SÃO PAULO, ele poderia dizer que deixou ao menos um legado no clube: encontrou o lugar de Pato. O atacante novamente foi o nome do Tricolor. Ali, no canto esquerdo, parece ter recuperado seu poder de velocidade. E isso é excelente para um time que, até pouco tempo, esperava Michel Bastos cortar para o meio e soltar o pé. Mas a vitória contra o Coritiba não foi só de Pato, mesmo que ele tenha criado quase todas as boas chances do time. Teve velocidade, principalmente no primeiro tempo, a precisão de Lucão em dois belos lançamentos, e Ganso apagado. O camisa 10 destoa. É lento, errou cinco passes e foi substituído com razão novamente. Talvez seja a hora de testar uma formação sem ele desde o início. Contra o Sport, na próxima rodada, Osorio dificilmente repetirá o esquema com Michel Bastos na lateral. Mas, pelo rendimento do primeiro tempo, é uma boa alternativa alguns jogos, principalmente em casa.


O torcedor do Coxa já está acostumado. No Morumbi, foi mais um jogo de dois tempos para o CORITIBA. Foi nulo diante do São Paulo no primeiro tempo. Deu espaços e não conseguiu ficar com a bola. Mas cresceu na segunda etapa com as entradas de Negueba e Esquerdinha. Adiantou a marcação, diminuiu o ímpeto são-paulino e conseguiu criar mais. Até chegou a ameaçar um empate, mas falta qualidade ao time alviverde. Falta mais recurso. O time se limita à inspiração de Marcos Aurélio. O baixinho novamente foi o destaque do time, agora com um gol em três finalizações. A equipe toda finalizou 10 vezes. Ney Franco pode ter o retorno de alguns jogadores que estavam machucados, com Kleber e Norberto, e isso pode ajudar. E, pelo visto, o técnico terá que se virar com o que tem no elenco, o que é pouco para uma reação que deve ser urgente. Até o fim do primeiro turno, o Coritiba enfrentará Figueirense, Goiás e Vasco. Ao menos nesses duelos, o Coxa precisa voltar a somar pontos.



O jogo em 140 caracteres
Apesar da derrota, o Flamengo teve 64% de posse de bola e 13 finalizações, contra sete finalizações do Timão.

O Corinthians subiu uma posição em cada uma das cinco últimas rodadas. Era o oitavo na nona rodada e agora é o terceiro.

As finalizações do Corinthians saíram de sete jogadores diferentes.


A sorte do FLAMENGO é que a esperança de que a fase do time mude estava nas tribunas do Maracanã. Guerrero apenas assistiu à péssima apresentação do Rubro-Negro. Mas ao menos pôde perceber o que tem para contribuir. Claro, com poder ofensivo e qualidade técnica, que faltou ao time diante do Timão. Marcelo Cirino até colocou a bola no travessão, mas provou mais uma vez que está longe de ser aquele do estadual. O Flamengo conseguiu ter amplo domínio na posse de bola e mesmo assim ceder muitos espaços, como aconteceu em todos os três gols do Corinthians. Faltou exatamente uma referência ao ataque para que o restante do elenco tenha mais vontade. Uma previsão sobre o que será do Flamengo no campeonato só será possível após uma sequência de jogos com Guerrero em campo. Ele faz muita diferença, e os outros jogadores o acompanham.


O CORINTHIANS deu a impressão de que sabia exatamente quando faria o gol no Maracanã. Menos Vagner Love. Tite armou o time para ser cruel quando deveria ser. Foi compacto e usou a velocidade para surpreender o Flamengo. O Timão chegava muito rápido à área rubro-negra. Seria um placar maior se o seu camisa 9 não tivesse errado suas chances. Pela segunda rodada seguida a equipe alvinegra tem menos posse de bola que o rival, mas consegue vencer com tranquilidade, sem ser ameaçado. E ainda está em evolução. Mas, com o que mostra, o Corinthians já ocupa o lugar onde se esperava vê-lo no início do campeonato. Guerrero faz e fará muita falta, e Tite ainda tem esperanças de ter uma referência em seu ataque. Mas o time mostra que pode ser protagonista com o elenco atual, principalmente se Elias, Jadson e Renato Augusto mantiverem a boa fase.



O jogo em 140 caracteres
O Cruzeiro não perde para o Goiás há seis anos, ou sete jogos. A última vitória do Goiás foi no em 2009, por 1 a 0, em Goiânia.

Ao fim do primeiro tempo, o Cruzeiro tinha 10 finalizações contra nenhuma do Goiás, que terminou o jogo com apenas três.

A Raposa roubou a bola do Goiás apenas oito vezes na partida, evidência de ficou a maior parte do tempo com a bola nos pés.


O CRUZEIRO merece pelo menos uma crítica após a atuação contra o Goiás: devia ter feito mais. Com tamanho volume de jogo, deveria ter saído com uma vitória maior do que o 1 a 0. O adversário foi tão inofensivo que é possível dizer que a partida não foi um bom parâmetro para a Raposa. Ao menos o time voltou a criar. Marinho, pela primeira vez titular, foi o destaque. Muito aceso, mostrou que não foi contratado somente pela inusitada entrevista. Ele foi dono de seis das 15 finalizações realizadas pela Raposa na partida, todas de fora da área. Incomodou a defesa esmeraldina e o goleiro Renan. O Cruzeiro fez o que devia, aproveitou as laterais, de onde saiu o gol de Joel. O camaronês foi uma das mudanças de Luxa e aproveitou a chance, principalmente pela boa movimentação. Mas não dá para se empolgar. Continua um time de poucas alternativas. Cícero e, principalmente, Felipe Melo – se vier – podem dar o salto de qualidade de que o time precisa. Mas o ataque segue carente, Arrascaeta ainda peca pela irregularidade, e o time não evolui. Faltam seis jogos para o fim do primeiro turno, e só uma sequência boa de vitórias nesse período para deixar o Cruzeiro com boas perspectivas para a segunda metade do campeonato.


Somente um torcedor muito otimista para achar que aquele GOIÁS dos 15 minutos iniciais do segundo tempo contra o Santos manteria o nível. Contra o Cruzeiro, o Esmeraldino não foi nem sombra daquela equipe. Dá dó do goleiro Renan, que se vira como pode para evitar que o time seja goleado. Em sua estreia, Julinho Camargo escalou como lateral-direito o zagueiro Valmir Lucas, que não atuava desde o ano passado devido a uma cirurgia no joelho. O time simplesmente não jogou e parecia não estar disposto a tentar jogar. Se a proposta é marcar para sair no contragolpe, ao menos deveria se esforçar mais para não deixar espaços. Não foi o que aconteceu. Fábio poderia ter assistido ao jogo da arquibancada na primeira etapa. Não foi um bom início do treinador, que fez alterações sem efeito. O Goiás teve sua pior atuação no Campeonato Brasileiro. A correria de Carlos no ataque não é suficiente na Série A. Julinho agora terá uma semana para preparar o time que enfrenta o Inter. O time goiano pode conseguir uns pontos na imensidão do Serra Dourada, mas, diferentemente dos últimos dois anos, a briga contra a degola deve ser mais intensa.



O jogo em 140 caracteres
O Furacão teve quase o triplo de finalizações do Fluminense: 20 contra sete do Tricolor, que foi mais objetivo.

Otávio, que na última rodada roubou 11 bolas, roubou apenas duas contra o Flu. Mas foi quem mais distribuiu passes no jogo: 52.

A última vitória do Atlético-PR sobre o Flu foi pelo primeiro turno do Brasileirão 2009, quando venceu por 1 a 0 em Londrina.


O banho de realidade para o torcedor do ATLÉTICO-PR tem sido duro. Já são três derrotas seguidas e a queda da invencibilidade na Arena da Baixada. O atleticano começa a ver que esse time que joga bem, mas erra muito na frente, é o que ele vai ter no campeonato. O Furacão depende de Walter - que deu a assistência para Sidcley - e Marcos Guilherme para ter algo diferente, e isso é arriscado. O jovem meia saiu aos 24 minutos do primeiro tempo da derrota para o Fluminense. No pouco tempo que esteve em campo, já tinha duas finalizações. O Rubro-Negro perdeu muito de sua intensidade na frente e pecou na precisão. Dominou nas chances criadas e na posse de bola, mas não chegou perto da vitória. Falta um meia que divida a criação das jogadas com Walter e deixe a correria para Marcos Guilherme. O Atlético-PR já está longe do G-4, mas a situação não é tão desesperadora. A oitava posição parece ser justa para o que o time fez até aqui e tem condições de fazer no campeonato.


O FLUMINENSE chega à sua sétima vitória sob o comando de Enderson Moreira, a oitava no campeonato, e são pelo menos duas conclusões desse período: como corre e como marca esse time tricolor. Diante do Atlético-PR, o Flu atuou mais uma vez no limite. Viu o adversário ter mais ímpeto na maior parte do time, mas isso não quer dizer que esteja sendo dominado. O Fluminense se mostra um time preciso nos pés de Gustavo Scarpa e Fred e rápido nos contra-ataques. Foi a quinta vitória por apenas um gol de diferença no campeonato. Na Arena da Baixada foram apenas duas chances reais de gol criadas e dois gols marcados. O time joga no limite do que precisa, às vezes com sofrimento, o que valoriza as vitórias. A torcida se empolga com esse time, que deve se consolidar entre os líderes. Aí entra a dúvida: há espaço para Ronaldinho em uma equipe tão encaixada? Como ele ainda não tem data prevista de estreia, é melhor não se preocupar com isso por enquanto.



O jogo em 140 caracteres
Vitinho não se destacou só com o gol, mas também em roubadas de bola. Foi o líder do quesito na partida, com seis.

O duelo foi o que teve menor tempo de bola rolando da rodada. Foram 42 minutos de bola rolando e 43 de bola parada.

A partida na Arena Joinville foi a mais faltosa da rodada: foram 37, 18 do Joinville e 19 do Internacional.


Foi um baque. Não foi apenas o resultado que abalou o JOINVILLE após a derrota para o Internacional, mas sim a queda de rendimento. O time chegou ao jogo contra o Colorado em seu melhor momento no campeonato. E talvez tenha feito sua pior partida até aqui. E não foi por ter errado, mas sim por não ter tido a chance de errar. Não adianta muito ter mais de 60% de posse de bola se não for para criar chances de gol. O JEC foi para o vestiário no intervalo da partida sem uma finalização sequer. O rendimento melhorou na segunda etapa, com a agressividade de Willian Popp no lugar de Marcelo Costa, mas já estava 2 a 0 para o Inter. Não adiantou muito. Kempes passou 90 minutos sem dar um chute ao gol. E não adianta muito reclamar da arbitragem no lance do pênalti em Taiberson. O Joinville termina mais uma rodada sem muitas esperanças.


Uma hora a chave tinha que mudar. O INTER dá um sopro de alívio no Brasileirão e vive um sentimento paradoxal. A vitória contra o Joinville vem um pouco tarde demais, mas talvez na hora certa. Tarde porque o time, mesmo envolvido com a Libertadores, teve tempo suficiente para acordar no Brasileiro. E na hora certa porque muda o astral da equipe para a semifinal do torneio continental. O que importa é que a má impressão das últimas rodadas está ficando para trás. Não ficou totalmente. Finalmente o Colorado conseguiu se impor tecnicamente, mesmo que com uma atuação apenas modesta. Até foi pressionado pelo Joinville, mas é compreensível. A equipe era totalmente reserva e desentrosada. Além da boa vitória, o colorado deve celebrar a volta de Réver e Eduardo Sasha, que são peças importantes para o time principal, especialmente o guri. Agora está na hora de a equipe titular acordar. O duelo contra o Tigres-MEX, pela Libertadores, é um bom momento para isso.



O jogo em 140 caracteres
O número seis perseguia o Avaí: eram seis jogos sem vencer no Brasileiro e seis partidas sem ganhar da Chapecoense.

A Chape encerrou o confronto com 61% da posse de bola e o mesmo número de finalizações do adversário: 13.

A Chapecoense não teve nenhum contra-ataque na partida, mesmo com uma postura mais retraída. O Avaí teve quatro.


O AVAÍ precisou de intensos 20 minutos para voltar a vencer após seis jogos. Fez dois gols nesse período e se mostrou disposto a acabar com a partida no início mesmo. O trio de atacantes funcionou, mas a intensidade da equipe se limitou ao começo da primeira etapa. O time diminuiu muito o ritmo na sequência da partida e terminou com menos posse de bola. Mas o saldo é positivo, pela boa apresentação de Roberto, um motor pela direita, e o gol de William, que pode lhe dar confiança. No entanto, é justamente aí que começam as preocupações. Gilson Kleina precisa de mais do que Roberto, William e Renan Oliveira para fazer um time competitivo. Contra a Chapecoense, eles deram resultado. No entanto, falta um meia mais vertical e com mais criatividade. Renan oscila muito e é pouco confiável. Já mostrou isso outras vezes. Por ora, dá para acreditar que o time se mantenha fora do Z-4.


O cálculo para a CHAPECOENSE tem sido até simples até agora: jogou em casa, chance grande de vitória; jogou fora, chance quase certeira de derrota. O revés para o Avaí foi o quinto do time em seis partidas longe da Arena Condá. Dos 19 pontos que a equipe fez até agora, 16 foram conquistados em casa. E o clássico contra o Leão foi ainda mais frustrante porque o time mostrou que poderia ter sido diferente. A Chape só acordou no intervalo, quando já perdia por 2 a 0. Teve amplo domínio do posse de bola, mas faltou pontaria na frente. Contou com o mesmo número de finalizações do adversário, mas menos chances reais de gol – foram cinco do Avaí e três da Chapecoense. Falta ousadia ao time de Vinícius Eutrópio, principalmente como visitante. A equipe tem condições para isso. No entanto, o time joga com a noção de sua realidade. Enquanto mantiver esse ritmo, a briga contra o Z-4 parece distante. Mas dá para fazer mais.



O jogo em 140 caracteres
O Palmeiras perdeu a chance de ter a sua quinta vitória seguida no Brasileirão, algo que não acontece desde 2004.

A prova da ampla participação de Diego Souza na partida é o seu número de passes: 71, com 66 corretos.

Fernando Prass garantiu o empate para o Palmeiras e a satisfação de quem o escalou no Cartola: cinco defesas difíceis e 11 pontos no game.


Não fosse Fernando Prass, o SPORT poderia ter voltado a celebrar uma vitória após duas rodadas. Não foi um primor de partida, mas o Leão foi intenso e sempre perigoso em suas chegadas ao ataque, mas esbarrou no goleiro palmeirense. Mas há que se comemorar, afinal, o time perdia até os 44 minutos do segundo tempo. Foi mais um jogo de muita oscilação do Sport, mas com grande atuação de Diego Souza. O meia se fez presente em todos os setores e foi quem mais deu passes, finalizou e roubou bolas na equipe. Mas faltou a firmeza de Rithely e a velocidade de Maikon Leite. E aí vem a má notícia. Ambos devem continuar desfalcando o time pernambucano. O atacante tem lesão. O volante tem proposta da China. Chegou a hora de o Sport provar que tem elenco para suportar a pressão do Brasileiro e se manter no topo. É a tendência. O time tem provado que merece brigar pelo G-4.


Foi um bom teste fora de casa para o PALMEIRAS de Marcelo Oliveira, que vem se mostrando um ótimo mandante. A aprovação foi quase com louvor. O time quase quebrou a invencibilidade do Sport em casa e manteve a intensidade das últimas partidas. Foram sete chances reais de gol criadas em 12 finalizações. A equipe não perde tempo. Faltou a participação mais ativa de Rafael Marques, mas, por sua vez, outros tiveram o destaque que não vinham tendo, como Leandro Pereira, Arouca e Gabriel. É uma oscilação que até se permite, em um elenco recheado e que ainda tem Lucas Barrios para estrear. O empate foi frustrante e mostrou algumas deficiências, com muitos espaços cedidos dentro da área palmeirense. Egídio, como válvula de escape corriqueira pela esquerda, fez muita falta. Mas a equipe mostrou que não irá se distanciar da briga pelo G-4.


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