5/7/2015 07:52

Brasil vai abrir mão de influir no futuro do futebol mundial?

Brasil vai abrir mão de influir no futuro do futebol mundial?
Aproxima-se a reunião de cúpula da Fifa que definirá a eleição da entidade e, por consequência, o futuro do futebol mundial após a era Blatter. O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, não tem nem certeza se irá ao encontro por conta de receio em relação à investigação de autoridades norte-americanas. Com isso, o país pode abrir mão de influir em um momento decisivo da Fifa.

Com a saída de Blatter, abre-se um buraco no poder. Quem aparece mais forte neste quadro é o europeu Michel Platini, presidente da UEFA e que foi opositor de primeira hora do suíço. Há outras opções como o príncipe jordaniano Ali Bin Hussein, que perdeu de Blatter em meio. Além disso, é provável a articulação de outras candidaturas para aproveitar o cenário político incerto.

A reunião de julho definirá a data da eleição, assim como o seu cronograma. Obviamente, quanto mais tempo houver até o pleito, mais chance para candidatos surpresa se consolidarem e negociarem com eleitores. Quanto menos tempo ganha quem já tem uma posição. Há ainda a se descobri qual papel desempenhará Blatter nisso tudo. A previsão inicial era de uma eleição em dezembro.

E o que há em jogo para o próximo mandato? Blatter, muito por interesses próprios, foi sempre um presidente que privilegiou o desenvolvimento do futebol fora da Europa, repetindo estratégia do antecessor João Havelange. Sua base de apoio são os africanos, asiáticos e americanos.

Assim, lutou contra a concentração econômica do futebol na Europa, onde os times têm cada vez mais dinheiro comparado com outros centros. Criou regras para evitar que menores saíssem cedo de seus países e preservou direitos de seleções contra o poderio econômico dos Real Madrids da vida. É certo que não fez com as melhores das intenções. Mas era um contrapeso no poder do dinheiro.

Platini até se opôs ao excesso de peso dos grandes clubes europeus, mas está muito mais sujeito a suas pressões. Batalhou pelo fim dos investidores do futebol (medida correta, aliás), o que beneficiava os gigantes. Recentemente, flexibilizou regras de fair play financeiro que continham a gastança na Europa, o que deve permitir nova entrada com força de investigadores da Asia e do Oriente Médio.

A Liga dos Campeões, é principal plataforma. É de se esperar que sua gestão fortaleça mais a Europa.

Do outro lado, a Conmebol e Concacaf estão completamente acéfalas após vários de seus dirigentes terem sido pegos por corrupção na investigação do FBI. Nenhum deles sequer tem coragem de sair do próprio país quanto mais de fazer demandas na Fifa. Neste cenário, perdem força em negociações como vagas na Copa do Mundo, direito de liberação de jogadores, regras para transferências de atletas.

Envolvidos em corrupção, Ricardo Teixeira e Julio Grondona, da AFA, tinham voz ativa no Comitê Executivo da entidade, embora o brasileiro pouco fizesse pelos clubes nacinoais. Del Nero tem alguns dias para decidir se vai à Suíça. Caso não viaje, ou vá enfraquecido sem se posicionar, o futebol brasileiro sentirá os efeitos de sua omissão.


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